Os jornais impressos foram barrados da primeira coletiva do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ontem quinta-feira (1º), em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em uma lista regulada por uma policial federal na porta do condomínio, Bolsonaro só permitiu que emissoras de TV (menos a TV Brasil), algumas rádios e dois sites entrassem. O Estado, a Folha de S. Paulo, O Globo e as agências internacionais não puderam passar da guarita do condomínio.
O credenciamento foi feito pelo assessor Tercio Arnaud Tomaz, funcionário da campanha de Bolsonaro, mas lotado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), na Câmara do Rio, com o salário de R$ 3.641. Carlos está licenciado do parlamento desde agosto deste ano. Por mensagens pelo Whatsapp, Tercio respondeu aos jornalistas dos veículos barrados que eles não poderiam entrar "por questões de espaço". Pelo menos 20 repórteres e suas equipes entraram no local. Bolsonaro tem usado sua casa para receber grupos de parlamentares e apoiadores.
Quando jornalistas que participaram da coletiva lhe perguntaram por que alguns veículos tinham sido barrados, Bolsonaro respondeu que "não sei quem marcou isso (coletiva)" e que não mandou restringir ninguém. Desde o episódio da facada, Bolsonaro não tem concedido entrevistas a jornais impressos e privilegiado meios eletrônicos, como emissoras de televisão e rádio.
Agencia Brasil
4 comentários
02 de Nov / 2018 às 22h06
Vão aprender a respeitar um presidente eleito democraticamente e que não se vende.
02 de Nov / 2018 às 22h21
Cheiro de Ditadura no ar! E ele nem tomou posse ainda viu!
03 de Nov / 2018 às 10h35
é só início. O ruim é quando começar, o péssimo é no meio, e o HORROR é no FINAL
03 de Nov / 2018 às 16h17
Começou o símbolo da descriminação jornalística, que nada mais é, que a preliminar da ditadura, que breve ocorrerá na querida e outrora Pátria liberal.