Mesmo que sejamos cidadãos que procuram se comportar com retidão, nas relações pessoal, profissional e social, cumprindo os deveres e obrigações, respeitando as normas jurídicas e morais. Ainda assim, estamos sujeitos a sofrer excessos e abusos por parte de autoridades constituídas e outros.
Toda via, minha maior preocupação é com os jovens, principalmente, aqueles que vivenciam o momento, que diga-se de passagem, nós mais maduros, já vivenciamos, que são as baladas e eventos diversos. Por conta disso, rogamos sempre a Deus, para que livre a nossa juventude de tentações e abordagem, por parte de marginais assaltantes.
Entretanto, poderemos amanhã, estarmos preocupados, não só com os marginais, mas também, com os ditos “cidadãos de bem”, que poderão ter o direito de andar armado, sem que tenham, na maioria dos casos, controle e preparo emocional e com isso por qualquer motivo fútil, sacar de uma arma e praticar bobagens, sem falar na vulnerabilidade de sofrer excessos e abusos por parte de algumas autoridades, que terão carta branca para agirem.
Além disso, eu me inquieto, com o futuro, em relação as garantias trabalhistas dos nossos jovens, com a perspectiva de aposentadoria que possa lhe proporcionar uma velhice menos sofrível. Preocupo-me com a formação superior, uma vez que, já se anuncia, que jovens menos favorecidos economicamente, devem fazer cursos técnicos para consertar geladeira, fogão, etc. De forma implícita, fica evidente que as universidades servirão a quem pode, e quem pode é que deve ser doutor.
Eu me preocupo com as privatizações e a diminuição do Estado, que por extensão, diminuirá o direito de quem precisa, reduzirá os concursos públicos e com isso, a chance de estabilidade profissional e financeira de muitos.
Eu me preocupo com o Sistema Único de Saúde com menos recursos, menos eficiência ou com uma possível cobrança.
Por outro lado, não custa lembrar que os nossos irmãos do andar de cima não precisam do SUS, já que pagam plano de saúde sem o mínimo esforço financeiro, conseguem bancar o curso superior que desejar. Podem se dar ao luxo de ter segurança privada, carro blindado e casa com sistema de segurança sofisticado. Não precisa se submeter a concurso público, em especial, nas instituições que estão condenados à privatização, a exemplo da Caixa Econômica, Banco do Brasil, Correios e outros, pois os concursos atraentes para o andar de cima são os de Juiz, Promotor e equivalentes. Além disso tudo, tem aporte suficiente para arcar com uma aposentadoria de previdência privada.
Portanto, os interesses dos grandes veículos de comunicação, dos grandes banqueiros, dos grandes industriais, das grandes redes de lojas, não são os mesmos da classe menos favorecida. Não é à toa, que esses detentores do poder, aplaudem quem fala em tirar direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores.
Nada contra quem está nesse patamar, principalmente, a quem conquistou com honestidade. Só gostaria de ver essas pessoas, que conquistaram esses feitos, ajudando a promover mecanismos para impulsionar a melhoria dos nossos indicadores sociais, proporcionando ao nosso povo o direito de viver com mais dignidade.
Por fim, antes que me qualifiquem de comunista, esquerdista, petralha, etc, quero dizer que apenas me sinto como alguém que almeja justiça e sensibilidade social. Reflita e vamos construir conhecimento, respeitando a posição dos outros.
Sérgio Rêgo. Professor- “LP” 19.033-MEC/BA, Radialista- DRT 2.912/BA e Contabilista- CRC- BA 023374/O-0
11 comentários
31 de Oct / 2018 às 23h40
Verdade professor, fico sempre me perguntando porque a mídia televisiva, agora, exaltando o trabalho informal voltado para vender lanches em carrinhos no meio da rua, como se isso fosse resolver o problema do desemprego, direitos trabalhistas estão ficando em segundo plano. Educação, não vejo nenhum meio de comunicação cobrando e exigindo dos nossos governantes atenção especial para que a nação seja seguramente desenvolvida. Triste essa realidade. Todo trabalho, sendo honesto, claro que é digno, mas não vamos esquecer que somente com educação o país será uma potência!
01 de Nov / 2018 às 05h27
Doutor Sérgio bom texto. Os paulistas votaram no palhaço Tiririca e no ator p.... Alexandre Fruta e no bruto torturador Bolsolixo. Por isso tenho orgulho de ser nordestino.
01 de Nov / 2018 às 05h30
Que conste nos autos.... Eleitores: 147 milhões (100%) Primeiro lugar: 57,6 milhões (39,1%) Segundo lugar: 46,7 milhões (31,7%) Branco: 2,5 milhões (1,7%) Nulo: 8,6 milhões (5,8%) Abstenção: 31 milhões (21%) Muitos silenciaram (21%). Muitos lavaram as mãos (7,5%). Mas muitos se opuseram (31%). O futuro presidente teve o apoio de 39% dos eleitores. Isso quer dizer que 61% não o quiseram. Que ele e seus apoiadores saibam e sempre se lembrem disso. Não achem que serão donos do Brasil, pois são minoria em nosso país. Muitos silenciaram. Muitos lavaram as mãos. E muitos se opuseram.
01 de Nov / 2018 às 05h59
Ótima crônica. Me senti bem a lendo, professor. Pedir você e professor Otoniel Gondim ( Esse tem de aparecer logo! ) e ser atendida é luz, conhecimento e lucidez. Parabéns.
01 de Nov / 2018 às 06h58
E onde estava o douto professor nesses 13 anos de roubalheira? Doutrinando seus alunos para a ideologia de gênero? Bolsonaro teve sim a maioria dos votos dos brasileiros, daqueles que se importam com o país, e não dos que acreditam numa MENTIRA. Mostramos que quando o povo quer, Deus abençoa. Nossas universidades estão cheias de comunistas de IPhone, com M. na cabeça, defecada por educadores/doutrinadores colegas seus de profissão.
01 de Nov / 2018 às 07h22
Vale lembrar que nós nordestinos elegemos também um tal de igor canário e pastor Izidório kkkkkk. E queriam um ladrão de volta!
01 de Nov / 2018 às 07h30
Muito bem direcionado o seu texto, onde mostra que Juazeiro sim, tem filhos inteligentes e honestos e diga-se de passagem, o pensamento político ou partidário quer seja da direita ou da esquerda, quando o pensamentos se direciona ao bem comum de todos princialmente daqueles que excolheu uma profissão como professor tão digna e de maior importância no meio de diversas outras, proquê é o professsor que forma (Médicos, Engenheiros, Advogados etc...Parabéns grande amigo.
01 de Nov / 2018 às 08h03
MADALENA, RUTY,OBSERVADOR, SÉRGIO, aceita que dói menos. o cara é o seu Presidente!!! Ora bolas.....
01 de Nov / 2018 às 10h45
...Sobre o tema, fica clara a falta de compromisso com a verdade. O que Bolsonaro defende é POSSE de arma, não o PORTE. A alteração direcionada ao Estatuto do desarmamento é sobre a subjetividade conferida ao Delegado Federal para concessão desta POSSE. Os "títulos" ostentados ao final reforçam apenas a falência do ensino, universidades impressoras que nada constroem cientifica e socialmente.
01 de Nov / 2018 às 13h06
Pois é, caro Sérgio Rego! Em um país onde as condições de vida são outras, o de a maioria tem emprego, e não subempregos, o "Estado mínimo" pode dar certo, mas cá no Brasil, além do desemprego existem milhões que sobrevivem sem as mínimas condições de dignidade. Quanto às questões de uso de arma, liberdade para matar bandidos me assustam muito, pois têm um ditado: "Daqui que provem que focinho de porco não é tomada, já torraram muitos". Essa questão do armamento só me recorda os tempos de jovem, que assistia os filmes de Cowboy, onde a Lei era para quem sacava mais rápido.
01 de Nov / 2018 às 14h01
Muito bom texto. Esse é o cenário para o qual não queriamos ir... infelizmente será o destino a nossa frente. Meritocracia, esse é o real nome para esse governo.