Dados revelam uma estatística muito mais triste: a de mortes ocasionadas por queimaduras na Bahia. Em média, o estado registra uma vítima fatal a cada 10 dias – foram 36 mortes em um ano. Os números, porém, demonstraram queda de 20% no acumulado de 12 meses, a partir de junho do ano passado.
Esses dados ajudam a colocar o Nordeste, junto com o Sudeste, como as regiões com mais vítimas de queimadura do país. Juntas, elas concentraram 63,4% dos registros, entre outubro de 2017 e março de 2018. Os dados são do DataSus, o banco de dados do Ministério da Saúde. Os registros da plataforma mostram também que a Bahia somou 679 mortes por queimaduras ou corrosões neste segundo período, o que leva a uma taxa de mortalidade de 3,51% no estado, a 5ª maior do país.
Entre 2015 e 2018, a Bahia, que não conta com um banco de pele, somou 6.233 internações por queimaduras e corrosões; só na capital foram 3.050 ocorrências neste período. A enfermeira estomaterapeuta e coordenadora do Centro de Queimados do HGE, Moelisa Queiroz dos Santos Dantas, destaca a importância do cuidado psicológico com os pacientes queimados, em especial as mulheres. Uma das ações do HGE e da Sociedade de Cirurgia Plástica Bahia (SBCP-BA) é incentivar a adoção de maquiagem para mulheres que ficaram com cicatrizes.
“Não estamos falando de um aspecto estético. A autoimagem feminina fica muito comprometida com a queimadura, principalmente quando acomete a face, e as cicatrizes podem impactar nas relações sociais, que envolvem relacionamentos afetivos e até mesmo no trabalho”, comenta ela.
Foto: Arquivo Correio 24hs
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