Cantor, instrumentista e compositor, José Gomes Filho, conhecido como Jackson do Pandeiro, nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, no dia 31 de agosto de 1919, filho do oleiro José Gomes e da cantora de coco pernambucana Flora Mourão (Glória Maria da Conceição). Aos oito anos, começou a tocar zabumba e passou a acompanhar sua mãe nas festas de Alagoa Grande e região do brejo paraibano.
No auge da carreira artística, expoentes da Música Popular Brasileira, como Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, gravaram alguns dos seus sucessos. Jackson do Pandeiro morreu no dia 10 de julho de 1982, em Brasília. Atualmente em Alagoa Grande, Paraíba, existe o Memorial Jackson do Pandeiro.
Em 1932, após a morte de seu pai, mudou-se com a mãe e os irmãos para a cidade de Campina Grande, também na Paraíba, onde começou a trabalhar como entregador de pão e engraxate, para ajudar a sustentar a família. Em 1936, aos 17 anos, largou o trabalho e foi ser substituto do baterista de um conjunto musical do Clube Ipiranga, sendo efetivado posteriormente como percussionista do grupo.
Em 1939, utilizando o nome artístico de Jack do Pandeiro, passou a fazer dupla com o irmão mais velho de Genival Lacerda, José Lacerda, começando a fazer sucesso em Campina Grande. No início da década de 1940, mudou-se para João Pessoa, capital da Paraíba, onde continuou a tocar em cabarés, sendo depois contratado pela Rádio Tabajara, atuando com o nome artístico de Zé Jack.
Mudou-se para o Recife, Pernambuco, em 1948, para trabalhar na Rádio Jornal do Commercio, onde passou a adotar o nome artístico de Jackson do Pandeiro, considerado de maior efeito sonoro, formando uma dupla com o já famoso compositor e apresentador Rosil Cavalcanti.
Só conseguiu gravar seu primeiro disco pela Copacabana, em 1953, um compacto em 78 rpm, contendo dois dos seus maiores sucessos, Sebastiana, de autoria do seu companheiro Rosil Cavalcanti e Forró em Limoeiro, de Edgar Ferreira.
Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1954, fazendo sucesso com a música Forró em Limoeiro, na época, um campeão de vendagem de discos.
No Rio de Janeiro passa a se apresentar em programas de rádio nas emissoras Tupi e Mayrink Veiga, sendo contratado depois pela Rádio Nacional.
Em 1956, casou-se com Almira Castilho de Albuquerque, ex-professora, cantora e dançarina, com quem formou uma dupla de sucesso até 1967, quando o casamento acabou e a dupla se desfez. Foi Almira quem ensinou ao marido a escrever seu nome, além de estimulá-lo a levar sua música para além dos estados da Paraíba e Pernambuco. Casou pela segunda vez com a baiana Neuza Flores dos Anjos, separando-se também dela antes de morrer.
Jackson do Pandeiro também era compositor, porém grande parte das suas músicas ele colocou no nome da então esposa Almira Castilho. São da sua autoria alguns sucessos como Na base da chinela, em parceria com Rosil Cavalcanti; Aquilo bom, em colaboração com José Batista; Cantiga da perua, com Elias Soares; Cabeça feita, com Sebastião Batista, entre outras.
Gravou dezenas de músicas que fizeram sucesso nacional como O canto da ema (Ayres Vianna e João do Valle), Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho) e Cabo Tenório e Moxotó (Rosil Cavalcanti); 1 a 1 (Edgar Ferreira); Forró em Caruaru (ZeDantas); Como tem Zé na Paraíba (Manezinho Araújo e Catulo de Paula), Casaca de couro (Rui de Morais e Silva); Meu enxoval (Gordurinha e José Gomes); 17 na corrente (Edgar Ferreira e Manoel Firmino Alves); Coco do Norte (Rosil Cavalcanti); O velho gagá (Almira Castilho e Paulo Gracindo), Vou ter um troço (Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro) entre muitos outros.
Sua extensa discografia, composta por 137 discos, foi gravada por grandes selos nacionais, como Copacabana (1953-1958), Columbia (1958-1960), Philips (1960-1965), Continental, Cantagalo, CBS, Chantecler, Polygram.
Expoentes da Música Popular Brasileira, como Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, gravaram alguns dos seus sucessos.
Jackson do Pandeiro morreu no dia 10 de julho de 1982, em Brasília. Atualmente em Alagoa Grande, existe o Memorial Jackson do Pandeiro.
Foto: Capa Disco LP
0 comentários