Experiência-modelo: Técnicos do MI sobre os painéis flutuantes
na Fazenda Figueiredo, em Goiás
Equipes do Ministério da Integração Nacional e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) têm se dedicado a estudos de viabilidade para o uso de energias renováveis - solar, eólica ou hídrica - para o Projeto de Integração do Rio São Francisco. O objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica do sistema, que corresponde a cerca de 80% dos custos da operação do empreendimento, e adotar o uso de fontes sustentáveis e menos poluentes.
Os estudos incluem análises das tendências de mercado em energias renováveis e o levantamento dos aspectos técnicos da região de implantação, como geologia, acesso, restrições ambientais, além da hidrografia e clima. Isso porque a maior obra de infraestrutura hídrica do País atravessa três estados nordestinos (Pernambuco, Ceará e Paraíba) e passa por 17 cidades. Também serão observados custos de investimento e de operação das novas tecnologias.
Uma das possibilidades em estudo é a geração de energia solar sobre espelho d’água (ou seja, cobrindo parte dos canais). Este método é utilizado em outros locais do mundo e possibilita que a evaporação seja bastante reduzida, já que os painéis solares montados em canais bloqueiam a radiação do sol.
De acordo com estimativas, uma planta fotovoltaica (painéis) de um megawatt pode economizar nove milhões de litros de água por ano. Os painéis solares ainda oferecem outra vantagem: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é minimizado, ajudando também na redução do custo de manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos.
Além de atender ao consumo do Projeto São Francisco, o suprimento de energia a partir de fontes de energia limpa contribuirá para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas no Brasil (ONU).
O Projeto de Integração do Rio São Francisco possui 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão. As estruturas passam por nove cidades pernambucanas nos dois eixos de transferência de água: Norte e Leste. No Eixo Norte, a linha de transmissão passa nos municípios de Cabrobó, Salgueiro, Verdejante, Mirandiba e São José do Belmonte. Já no Eixo Leste, a linha está nas cidades de Floresta, Betânia, Custódia e Sertânia. A demanda anual nas fases pré-operacional e operacional do Projeto gira em torno de 746 mil MW, sendo 212 mil MW para o Eixo Leste e 534 mil MW para o Eixo Norte.
Ascom Ministério da Integração Nacional
1 comentário
07 de Aug / 2018 às 22h39
Sem dinheiro não tem nem tapioca seca. Pagam um dinheirão para uma empresa fazer o projeto, mais alguns milhões para começar e depois não terminam. E todo ano tem reajuste de preços.