Recentemente, em nossa cidade, virou polêmica o fato do Bar do M colocar um cercado na área que pertence à orla, fazendo com que aquele local ficasse restrito ao bar. Levando em conta esse acontecimento, surge então a importância de se discutir até onde o privado deve invadir o público.
Ao caminhar na Orla, a partir das 17 horas, já é possível notar a movimentação desses estabelecimentos que, não seguindo o exemplo de outros restaurantes mais antigos, colocam duas fileiras de mesas (esquerda e direita do calçadão, como visto nas fotos), deixando apenas um estreito corredor que mal caberiam duas pessoas para a passagem de pedestres, ciclistas, praticantes de corrida e turistas. Qualquer um que tenha interesse em passear pela cidade apreciando a vista do rio (que a todos pertence) se depara com essa cena todos os dias.
A situação chega a ser tão explícita que bastam alguns minutos sentado próximo aos estabelecimentos em questão para ver várias pessoas praticando atividade física se deslocando do calçadão para correr na pista, ao lado dos carros, pondo em risco a própria segurança, pelo simples fato de faltar espaço num local que teoricamente é de todos, mas na prática serve a poucos.
Nota-se um descaso por parte desses empreendedores que não possuem bom senso ao dispor da quantidade de espaço que podem ou não ocupar. E não é uma culpa exclusiva deles, tendo em vista que a prefeitura, através das suas secretarias (SEMAURB), não delimita corretamente nem fiscaliza tais ações de maneira efetiva, dessa forma, cabe a nós, cidadãos, nos incomodar e reclamar para os veículos de comunicação para que os órgãos competentes tomem atitudes.
Ressalte-se que não se trata de impedir bares de colocar suas mesas, mas sim que eles saibam dividir o espaço de maneira justa, até porque estabelecimentos comerciais são necessários na orla para torná-la mais movimentada, entretanto, não se pode abrir mão da mobilidade urbana por meia dúzia de pessoas, até porque dessa maneira o ônus seria do povo e o bônus inteiramente dos donos de bares, que se utilizam indevidamente do espaço de todos, lucram com isso e não dão qualquer retorno para a sociedade.
Por Alexandre Passos
23 comentários
31 de Jul / 2018 às 08h28
Tudo começou na "grande" administração de Isacc (aquele que pensa que vai ser deputado). Na Orla só era permitida a colocação de uma fila de mesas, mas como tudo da administração anterior na prestava, kkkkk, tinha que mudar, para pior. Veja no que deu.
31 de Jul / 2018 às 08h34
O que me deixa estarrecido é o fato em que as leis em Juazeiro só se é aplicado para os menos favorecidos, eu me lembro certa vez que vi aqui no blog, os ambulantes que ficam na avenida do Kidé, foram impedidos de venderem suas mercadores no causadão central da sitada, ai eu pergunto: A lei deve ser para todos ou não? fica a minhão indagação.
31 de Jul / 2018 às 08h39
Bem expressando minha opinião, eu não acho nada de mais as cadeiras ficarem na orla, só acho que deve haver um policiamento, na posição das cadeiras. sobre o M achei que além de dar outra vida a orla não atrapalhou em nada
31 de Jul / 2018 às 08h45
O Bar do M, o bar do gordo, e outros bares na orla são permissionários, de uma área, restrita, não fechada obviamente. O local é da prefeitura, é público. A condição é de permissionário, que pode ser revogada a qualquer instante por pura disposição da administração pública municipal. Já esses que colocam mesas na calçada da orla, nem permissionários são, tem bares de front, e cruzam a rua para alcançarem as calçadas e as tomam de maneira totalmente ilegal. Podem até ser preso, se algum cidadão, em flagrante delito, chamar a policia e fazer a reclamação de desobediência a paz e a ordem pública
31 de Jul / 2018 às 08h54
Concordo plenamente com você, amigo. Fico indignado com a situação da Avenida Adolfo Viana, onde há muito tempo os "empreendedores" se apropriaram do espaço público, impedindo o direito constitucional de ir e vir (com segurança) dos pedestres. A mesma pergunta eu faço: Onde estão os órgãos de fiscalização da nossa cidade? Com a palavra o poder público, ou a quem possa explicar.
31 de Jul / 2018 às 08h56
Sem falar da rua da 28, onde os bares de Nicinha e Manelão, além de ocuparem as calçadas, ocupam o lugar dos veículos, impedindo de estacionarem. Um absurdo.
31 de Jul / 2018 às 08h58
Sem falar da rua da 28, onde os bares de Nicinha e Manelão, além de ocuparem as calçadas, ocupam o lugar dos veículos, impedindo de estacionarem. Um absurdo.
31 de Jul / 2018 às 09h25
Sejam bem vindos à Juazeiro, a terra de ninguém! Quem quer fazer o que quiser coloque um comércio nesta cidade! Temos um prefeito decorativo, um vaqueiro que está 10 anos mandando e desmandando, uma câmara de vereadores inoperante e incompetente, um MP inerte, uma OAB que só vê quando faz uma festa. Além desses que estão nas fotos, ainda tem aquele na Rua da 28 que tem anos tornando a rua em um cassino. Ou seja, todo mundo manda e faz o que quiser!
31 de Jul / 2018 às 10h14
É verdade que isso acontece por permissão da Gestão Municipal, algum tempo atrás forçaram um proprietário de um bar e restaurante mais ou menos próximo a praça d. Thomas para tirar um tipo de proteção e privacidade nas mesas do seu estabelecimento. Isso que acontece no sentido de permitir ou não permitir é uma pura verdade que a gestão municipal tem sim aqueles que serão protegidos.MUDA JUAZEIRO, este território é seu e o povo é que manda., e não os incompetentes que assumiram o paço municipal.
31 de Jul / 2018 às 10h35
Reiterando essa bom artigo, deixo uma pergunta: Se EU estivesse setado à mesa com minha esposa e meu filhinho numa dessas mesas sobre o espaço público e... um acidente ocorresse comigo e minha família: A QUEM EU IRIA RECORRER A UMA AÇÃO POR REPAROS, a SEMAURB ou ao dono do estabelecimento? Essa é a questão! Para se apropriar de um espaço (mesmo que seja público) tem que se arcar com todas as responsabilidades cabíveis!
31 de Jul / 2018 às 10h55
PETROLINA DE TODOS NOS. JUAZEIRO DE NOS TUDIM.
31 de Jul / 2018 às 11h25
Concordo plenamente , acho isso um absurdo esses comerciantes tomando de conta das calçadas públicas! Como diz o ditado: Juazeiro pode tudo !!
31 de Jul / 2018 às 11h57
POIS É,E OS DONOS DE IMOVEIS QUE SE ACHAM DONOS DAS CALÇADAS EM FRENTE ÀS SUAS CASAS E QUE FAZEM DAS MESMAS, ,GARAGEM PARTICULAR PARA CARROS E MOTOS SEM SEREM INCOMODADOS PELA FISCALIZAÇÃO DE TRANSITO QUE AQUI EM JUAZEIRO SÓ SERVE DE ENFEITE.VALE SEMPRE LEMBRAR :ESTACIONAR SOBRE CALÇADAS OU PASSEIOS PÚBLICOS :FALTA GRAVE,PERDE 5 PONTOS NA CARTEIRA,MUITA DE 195 REAIS E AINDA SUJEITO A GUINCHO.
31 de Jul / 2018 às 12h41
Infelizmente não podemos mais caminhar na orla. Lamentavel que o município não faz nada. Outra questão, é a monopolização das concessões. As mesmas pessoas estão na posse dos bares na orla repassando aos seus filhos. Cadê o processo de licitação que é garantido a todos o direito de explorar comercialmente o bem público?
31 de Jul / 2018 às 12h51
Senhor prefeito saia da inércia ou entre na história como o pior prefeito que Juazeirinho já teve ! Imponha-se: não pense que problemas se resolvem por eles mesmo ou por meio de sua ASCOM desacreditada; fuja dos que lhe rodeiam e o incensam num altar mais falso que uma nota de R$ 3,00. Uma vez ou outra não caia na história que comentários ácidos contra sua administração são provenientes de quem perdeu eleição - isso é um sofisma bobo e repetitivo - talvez. os tais comentários são de quem ama Juazeiro e não se conforma com tantos erros gritantes dos seus asseclas e aspones. Escute a voz da rua!
31 de Jul / 2018 às 13h13
mas digo também, que evangélicos quando passeiam por lá à noite (na orla, que é de todos), é tirado piada, como se o evangélico também não fosse cidadão, que não pagasse os mesmos impostos... que eu como evangélico, quero me sentir livre para passear pela orla de minha cidade sem nenhum constrangimento.
31 de Jul / 2018 às 13h15
mas digo também, que evangélicos quando passeiam por lá à noite (na orla, que é de todos), é tirado piada, como se o evangélico também não fosse cidadão, que não pagasse os mesmos impostos... que eu como evangélico, quero me sentir livre para passear pela orla de minha cidade sem nenhum constrangimento.
31 de Jul / 2018 às 13h23
Parabéns Alexandre Passos pelo texto que descreve muito bem o que tem acontecido na orla de Juazeiro. O bom senso é a medida exata para satisfazer a todos que utilizam os espaços públicos. Cabe a SEMAURB, que já tem feito autuações severas em bares de outras cercanias, delimitar os espaços para que o povo tenha acesso a fazer os seus passeios e caminhadas com segurança. Não se pode usar dois pesos e duas medidas.
31 de Jul / 2018 às 14h24
Agenor é o melhor secretário de ordenamento urbano de todos os tempos de juazeiro Bahia, organizou essa cidade, parabéns.
31 de Jul / 2018 às 14h29
olhando os comentários postado neste blog fico também indignada com comércio de bares no bairro Santo Antônio, as praças lotadas de mesas que impedem a passagem até da coleta de lixo pois veículos tem que ser retirados devido o fluxo desses usuários que frequentam o Bar que fica numa residência, barulhos dos usuários até tarde da noite, " PRAÇA DA PAZ" na Rua Joana Angélica, a praça está servindo para fins comerciais. cadê a ordem publica de Juazeiro!
31 de Jul / 2018 às 17h41
A invasão do calçadão da Horla parece não ter fim, o fato novo foi a cerca no MEC Beto, os bares do M nada mais são do que um comodato assinado na época pela Antártica, diga se José Gomes da Cunha e a prefeitura, e preciso saber a duração deste comodato, a construção do flamigerado M e sua estrutura teve a parceria da cervejaria que fez a concessão ao locatário, portanto a prefeitura e culpada dos desmandos ali praticados, locatário não é dono de espaço público.
31 de Jul / 2018 às 18h22
É um povo que se acha dono das ruas e dos espaços. Prefeitura não faz nada...
31 de Jul / 2018 às 18h32
E a árvore que cortaram? A prefeitura vai fazer o que? Meu Deus o que está acontecendo em Juazeiro. Que vergonha