Pioneira na implantação de sistema de cotas étnico-raciais entre as instituições da região Nordeste, a UNEB dá mais um importante passo na consolidação de sua política de ações afirmativas. Por unanimidade, o Conselho Universitária (Consu) da UNEB aprovou reformulação do sistema, queamplia as cotas para outros segmentos sociais historicamente discriminados.
Além dos 40% para negros e 5% para indígenas em vigência, a universidade vai assegurar sobrevagas para quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e transgêneros e para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, cada grupo com direito a 5% de sobrevagas.
A decisão valerá para todos os processos seletivos de cursos de graduação e de pós-graduação abertos pela instituição já a partir do próximo ano. Por se tratar de sobrevagas (vagas adicionais), as novas cotas não alteram o percentual de 60% do total de vagas que é destinado atualmente a candidatos não-cotistas.
Para concorrer às cotas, o candidato deve também ter cursado todo o segundo ciclo do ensino fundamental e o ensino médio exclusivamente em escola pública e possuir renda familiar mensal de até quatro salários mínimos. A proposta de ampliação do sistema de cotas é de autoria da Reitoria da UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf).
"Esta é mais uma deliberação histórica do Conselho Universitário, aprovando proposta de nossa gestão. A medida vem consolidar a UNEB como uma grande universidade pública inclusiva e popular, presente em praticamente todo o estado da Bahia", destacou o reitor José Bites, que presidiu a reunião do Conselho.
A UNEB foi a primeira universidade do Nordeste e a segunda do país a instituir cotas sociorraciais, em 2002, para ingresso em todos os seus cursos de graduação e pós-graduação, reservando 40% das vagas para negros e, posteriormente, 5% de sobrevagas para indígenas.
NOVOS MESTRADOS E DOUTORADOS NO INTERIOR
Na mesma sessão, o Conselho Universitário da UNEB aprovou também a criação de novos cursos de pós-graduação stricto sensu em campi da capital e do interior do estado. Em Salvador, serão implantados os cursos de doutorado profissional – o primeiro nessa modalidade da instituição – em Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de mestrado em Estudos Territoriais, ambos no Campus I.
Já no interior, vão ser instalados oito novos cursos:
- no Campus III, em Juazeiro, o doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental e o mestrado profissional em Gestão de Processo Comunicativo e Inovação Social;
- no Campus X, em Teixeira de Freitas, o mestrado em Letras e o mestrado profissional em Educação e Infâncias, este em associação com as universidades estaduais de Santa Cruz (UESC) e de Feira de Santana (UEFS);
- no Campus II, em Alagoinhas, o mestrado em Modelagem e Simulação de Biossistemas;
- no Campus VI, em Caetité, o mestrado profissional em Ensino, Linguagem e Sociedade;
- no Campus IX, em Barreiras, o mestrado profissional em Agronomia; e
- no Campus XVIII, em Eunápolis, o mestrado em Estudos Culturais e Educação.
"A expansão e, principalmente, a interiorização da pós-graduação stricto sensu é um compromisso prioritário da gestão universitária. Dessa forma, estamos ao mesmo tempo qualificando a universidade e atendendo a comunidades que não têm acesso a esse nível do ensino superior, em uma instituição pública, gratuita e socialmente referenciada", disse o reitor José Bites.
Ascom Uneb
2 comentários
23 de Jul / 2018 às 08h41
No texto esta escrito: Além dos 40% para negros e 5% para indígenas em vigência, a universidade vai assegurar sobrevagas para quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e TRANSGÊNICOS ... (?) vcs não queriam se referir aos TRANSGENEROS?
23 de Jul / 2018 às 18h43
Lamentável ver esse tipo de atitude na Bahia. Que inversão de valores. Não vejo orgulho nenhum em ter uma insistuição pública, uma universidade, fomentando o preconceito e a descriminação; separando pessoas por “castas” , por cotas. Qualquer cidadão por mais ignorante que seja, pode perceber que isso não tem nada a ver com a pífia justificativa de garantir igualdade, mas sim, com a absurda implantação de uma agenda político ideológica para segregar a sociedade. É mais uma mostra da estratégia marxista de dividir pra conquistar. Acorda Bahia. A menor minoria que existe é o SER HUMANO.