Na manhã desta quinta-feira (10), dezenas de mães e familiares de pacientes do Hospital Dom Malan/Imip, realizaram um protesto solicitando melhoria no atendimento e humanização dos partos, visto o elevado número de mortes ocorridos nos últimos anos no Hospital. A diretoria do Hospital admitiu superlotação.
Confiram na integra nota da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco esclarece que o Hospital Dom Malan (HDM), localizado no município de Petrolina, é referência obstétrica em alto risco, recebendo demanda regulada e espontânea. A unidade atende pacientes de 52 cidades, sendo 25 de três regiões de saúde do Estado de Pernambuco, que formam a Macrorregião do Vale do Médio São Francisco, e 27 de três regiões de saúde da Bahia, beneficiando uma população de mais de 1,8 milhão de habitantes dos dois Estados. O Dom Malan ainda recebe pacientes do Ceará.
Considerado pelo Ministério da Saúde como maternidade prioritária para Rede do Sistema Único de Saúde, apenas em 2017 a unidade realizou um total de 7.032 partos, ou seja, cerca de 600 partos/mês, o que coloca o Dom Malan no primeiro lugar do ranking das unidades que mais realizam parto em Pernambuco. Do total de partos, quase 60% (4.098) foram de pacientes oriundas do município de Petrolina, que não possui nenhuma maternidade, seja de baixo ou de alto risco. Além disso, do total de partos realizado no Dom Malan em 2017, apenas 52% (3.626) atendem o perfil da unidade, que é voltada, prioritariamente, para os casos de alto risco. Ou seja, os outros 48% foram de partos de risco habitual, que deveriam ter sido realizados nas unidades e maternidades municipais. No primeiro trimestre de 2018, o hospital já realizou 1.803 partos, sendo 964 de alto risco (53,46%).
É importante frisar que mesmo sendo a única referência para a gestante de alto risco da região, o Dom Malan não nega atendimento a nenhuma usuária do SUS e acolhe também as gestantes de risco habitual, que representam cerca de 50% de partos da unidade e que deveriam receber a devida assistência em seus municípios de origem. Sobre os óbitos maternos, todo e qualquer óbito de gestantes, ou crianças, é investigados para saber se a causa. O Dom Malan, que apresentou uma redução de cerca de 30% nos óbitos maternos quando comparados os dados de 2016 com 2017, tem ocorrência de 0,18% de óbitos maternos, número bastante inferior ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para maternidades de alto risco, que é entre 1,5 a 2,5%.
Por fim, o Dom Malan ressalta que está abastecido de medicamentos e insumos, que os exames estão sendo realizados normalmente e que os protocolos de atendimento, de segurança do paciente e boas práticas na atenção obstétrica e neonatal são integralmente cumpridos. A unidade ainda frisa a importância do fortalecimento da rede materno-infantil na região, com o acompanhamento adequado de pré-natal das gestantes, o que evitaria o agravamento de casos. E, nesse sentido, a Secretaria Estadual de Saúde vem dialogando com os municípios com o intuito de sensibilizar os gestores sobre a importância do fortalecimento da rede de atenção primária para a garantia da realização de atendimentos em seus territórios, com destaque para a rede de atenção materno-infantil e para a efetivação do pré-natal de baixo risco de qualidade nos serviços municipais.
Redação Blog Foto: Ney Vital
1 comentário
11 de May / 2018 às 05h32
Hospital ja foi bom. So noticias feias com Traidor Temeroso. Brasília cortou verbas da saúde. Depois de perder 4 eleições seguidas, as elites dão um golpe de Estado, quebram o país e prendem LULA. Para evitar nova derrota.