A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe terá início no dia 23 de abril e vai até 1° de junho. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde em Brasília. Segundo o órgão, a imunização vai assegurar proteção contra os três subtipos do vírus de maior incidência: H1N1, H3N2 e Influenza B. A meta é vacinar 54 milhões de pessoas. Para tanto, foram adquiridas cerca de 60 milhões de vacinas. A campanha começou antes na região metropolitana de Goiânia. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, explicou que essa medida se deve ao fato de ter sido identificado um surto na área.
O Dia D, quando há maior mobilização para vacinação, está marcado para 12 de maio. A projeção do governo federal é que as vacinas estejam disponíveis em 65 mil postos do país. Em 2017, a cobertura foi de 87,7%. O objetivo é atuar no período de maior propagação do vírus: na transição entre o outono e o inverno. A iniciativa será voltada principalmente para idosos, gestantes, crianças com idades entre seis meses e 5 anos, trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, puérperas (mulheres cujo parto ocorreu há até 45 dias) adolescentes e adultos privados de liberdade.
De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 14 de abril foram confirmados 62 mortes e 392 casos decorrentes do vírus Influenza. Destes, 33 óbitos e 190 casos se deveram ao subtipo H1N1, 15 mortes e 93 casos relacionados ao H3N2 e 24 mortes e 81 casos em decorrência do Influenza B. Mais 44 casos e 5 mortes foram provocados pela gripe, mas nenhum deles relacionados a esses subtipos. No mesmo período de 2017, foram registrados 66 mortes e 394 casos.
Entre os sintomas da gripe estão febre alta, dor muscular, dores de cabeça e na garganta e coriza. O ministro da Saúde informou que o vírus usado na vacina é “inativado”, não podendo gerar uma gripe. De acordo com Occhi, a imunização evita entre 32% e 45% o número de hospitalização por pneumonia e entre 40% e 75% as mortes por complicações resultantes do vírus.
A imunização é contraindicada para pessoa com alergia a ovo, que devem procurar o médico para orientações. A reação em geral ocorre com dor no local da injeção, sem provocar efeitos colaterais maiores. De acordo com o ministério, não há risco de fazer a vacinação contra a febre amarela e Influenza. Além da vacinação, são orientações para evitar o vírus lavar as mãos com frequência, usar lenço para a higiene do nariz, cobrir o rosto no momento do espirro, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e tomar cuidado com o contato com pessoas que tenham adquirido o vírus.
Agencia Brasil
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