Um dia depois de o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, dizer que repudia a impunidade e “se mantém atento às suas missões institucionais”, os presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso fizeram nesta quarta-feira, 4, a defesa da Constituição, da democracia e da autonomia da Justiça no País.Em cerimônia pela manhã no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer afirmou que a democracia “é o melhor dos regimes” e que ele é “quase um escravo” do texto constitucional. “A democracia é o melhor dos regimes. Não é uma democracia simplesmente construída por pessoas, é a democracia construída pela ordem jurídica, a democracia construída pela soberania popular, a democracia que está esculpida, escrita na Constituição Federal”, afirmou o presidente.O evento presidido por Temer marcou a sanção da lei que flexibiliza o horário de transmissão da Voz do Brasil.
Em nenhum momento, ele fez menção à manifestação divulgada pelo comandante do Exército.Temer, que é advogado, usou expressões em latim e em boa parte do discurso referiu-se ao texto constitucional. “Eu sou um quase escravo do texto da Constituição brasileira, eu acho que o que dá estabilidade ao País é o cumprimento rigoroso daquilo que a soberania popular produziu ao criar o Estado brasileiro. Toda vez que eu pratico um gesto governativo eu tenho em mente o norte que me dá a Constituição”, disse.Em mensagem no Twitter, Villas Bôas disse que o Exército compartilha o “anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição”. O texto saiu na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo. Em nota, o Exército informou nesta quarta que o general Eduardo Villas Bôas “é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional da Força”.Uma referência direta por parte de Temer ao papel das Forças Armadas – mas não à fala de Villas Bôas – veio à tarde. Em reunião aberta dos conselhos da Sudam, Sudene e Sudeco, Temer defendeu o uso de tropas para ações de segurança nos Estados, como já acontece hoje no Rio de Janeiro, e disse que a criação do Ministério da Segurança era um pleito antigo que nunca havia sido atendido.
Estadão
3 comentários
05 de Apr / 2018 às 19h04
Agora é vez do Temer, e todos os outros, democracia não é objeto de incentivo a impunidade, nós quando elegemos, não o fazemos para que a administração publica seja roubada. Portanto o General está correto, e a justiça tem que prender todos que praticaram crimes neste país. TEMER, sua vez está chegando.
05 de Apr / 2018 às 22h22
Faço de suas palavras, a de milhões de brasileiros, que como você e eu, sentem-se indignados com a atual situação do país!
06 de Apr / 2018 às 07h44
Defendem a democracia SEM LULA. SEM O POVO NO PODER. Ficaram mansos depois da negativa do STF e do pedido de prião. O povo brasileiro não tem orgulho nenhum de Exército, Marinha, Aeronaútica. Sempre a serviço de americanos e da Elite política. No dia 7 de Setembro, o povo deveria ficar de costas para os militares, estão participando desse golpe político que arruinou o Brasil.