O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) enviou uma nota à imprensa e repudiam veementemente o extremo desrespeito com que os sócios majoritários do Diario de Pernambuco, os irmãos Alexandre e Maurício Rands, procederam em relação ao desligamento de cerca de 30 jornalistas, ontem quarta-feira (28).
Três editorias foram praticamente extintas: Esportes, Fotografia e Viver (cultura). Segundo o Sindicato "isso, as demissões aconteceram no horário do fechamento das páginas. "Enquanto alguns tentavam desatar o nó do travamento da edição, profissionais dispensados deixavam a redação sob aplausos merecidos. Para quem ficava restava a expectativa se teria o nome chamado e a certeza de que o Diário de Pernambuco se esvaziava de competências enquanto a ineficiência reinava na demolição de uma empresa histórica".
O sindicato da categoria dos jornalistas relata que" para a maioria da sociedade pode ser motivo de espanto, surpresa, para o meio da mídia e principalmente do Jornalismo é uma nefasta tradição. O Diário de Pernambuco vive a "crise extrema da vez", como há décadas viveu o Jornal do Commercio (JC), recuperado após uma corajosa e histórica greve de jornalistas e gráficos. E, em muitos aspectos – atraso de salários e férias, falta de depósito de FGTS e de recolhimento de INSS – o quadro do Diário se assemelha ao vivido há anos pela Folha de Pernambuco (FolhaPE). E isso para citar apenas o segmento de impressos, pois na radiodifusão campeiam arrendamentos e vendas de espaços, quase sempre ao arrepio da Lei".
Ainda de acordo com a nota, "se há novidade no desmonte do Diário de Pernambuco é o fato de que, em tempos de Internet e novas alternativas de mídia, já não é tão definitiva uma frase muito conhecida na área da comunicação: "Nossa dor não sai no jornal!" Agora, em tempos de alternativas como a Marco Zero Conteúdo, em plena mediação na PRT6/MPT, o presidente do DP reafirmou perante o procurador Marcelo Crisanto que efetuaria dispensas sem quitar direitos previdenciários e trabalhistas. Pior, Alexandre Rands, se referiu à empresa, diante de profissionais presentes na mediação, como "porcaria". Virou matéria da Marco Zero. Custou caro. Nossa dor saiu na Internet.
Segundo nota divulgado na imprensa, O Sinjope e à Fenaj vão recorrer à Justiça do Trabalho e a todas as instância que sejam necessárias.
Ascom Federação Nacional dos Jornalistas
1 comentário
30 de Mar / 2018 às 08h55
A tendência que a tecnologia vai se expandindo, o desemprego vai se multiplicando, isso é um fato.