Morre Manelito Dantas, um ícone de convivência com o semiárido
Uma terra vasta, com pingos diários de trabalho e sonho, onde, apesar da amplidão do olhar, nunca houve espaço para desistência. “Nordestino, no Brasil, até hoje escapou fazendo da fraqueza, força”, repetia Manuel Dantas Vilar. Foi persistindo em suor e garra que ele ergueu tudo o que hoje se avista na Fazenda Carnaúba, Taperoá, Sertão dos Cariris Velhos da Paraíba do Norte. As cabras e ovelhas que desfilam as suas cores e pelagens pelos tabuleiros, o gado leiteiro que não mais se intimida com os desafios sertanejos, os queijos que abocanham prêmios Brasil afora, surpreendendo os que não creem no vigor da terra quase sem água. Também veio da força de Manelito Dantas a permanência dos filhos e dos netos no seu lugar, a perpetuação. O Brasil acordou, nesta terça-feira (28), muito menor com a partida de seu Mané, aos 83 anos. Infinitamente menor.
O texto acima é da jornalista Adriana Victor e representa uma das homenagens prestadas a Manoel Dantas Vilar Filho. O Cariri paraibano está de luto. Isso porque morreu aos 83 anos, o empresário e engenheiro agrônomo, Manoel Dantas Vilar Filho, conhecido na região como Manelito, também primo do escritor paraibano Ariano Suassuna e proprietário da Fazenda Carnaúba, uma das maiores fábricas artesanais de queijos multi-premiados do Brasil. ..