Cultura: Um estado de espirito chamado a paixão pela dança e ritmos gonzagueanos
O professor Aderaldo Luciano, doutor e mestre em Ciência da Literatura, afirma que Luiz Gonzaga plantou a sanfona, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.
O peito de Luiz Gonzaga abriga o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali, buscando eternidade...