Artigo – Um governo entre tapas & beijos
Embora hoje já não sejam tão frequentes as entrevistas diárias do Presidente da República, como aconteciam algum tempo atrás, ainda, assim, nas poucas ocasiões em que se dispõe a falar, mantém a característica básica que, geralmente, utilizava nas suas respostas aos jornalistas, ou seja, um tom agressivo e que procurava extrapolar certa tendência autoritarista. Sendo mais exato: seu autoritarismo é feio para a vida moderna em que vivemos.
Esse hábito pouco delicado, induz na mente dos que lhe são ferreamente contrários, o convencimento de uma vocação para ditador, sobretudo em razão da sua formação militar. Como foi eleito pelo voto livre e popular de 57,7 milhões de eleitores, sob a égide de um sistema democrático, entendo que esse tom usado na comunicação deveria ter um viés mais ameno e mais condizente à postura exigida pelo cargo. A verdade é que tudo isso tem inspiração no fator índole pessoal, a propósito de alguns desencontros já ocorridos quando Deputado Federal e, assim, não serão os requisitos inerentes ao cargo, que irão modificar certas atitudes. Como já disse em outra oportunidade, educação é algo que vem de berço, ou seja, da convivência doméstica da casa de cada um...