Artigo: Entre a verdade e a guilhotina
Todo governo precisa de alguém para assumir as determinadas posições que são impopulares, como sempre ensinou o homem de Florença, pois assim, e somente assim, ele pode dizer algumas verdades que ditas por seu representante maior, rei, príncipe ou presidente, como em nosso caso, causaria pavor, comoção, raiva ou ódio político. Nenhum homem ou mulher que na condição de chefe de Estado pode governar ou tomar decisões apenas sozinhos, pois isso seria não um governo de uma democracia, mas um governo de estado totalitário. Não poderia ser diferente com o governo de Dilma Rousseff, por isso que existe Jacques Wagner.
Talvez um dos maiores erros recentes da presidente Dilma Rousseff no quesito política foi ter colocado na posição principal de ministro político um sujeito estranho e avesso ao diálogo com pares e aliados, como Aluizio Mercadante. No principal posto político do governo deve-se obrigatoriamente ter um indivíduo que tenha a capacidade de dialogar com pares e aliados, avançar em determinados temas e recuar em outros, assumir tudo aquilo que deve ser naturalmente ruim para os poucos e bons para os muitos, e também ter a condição e independência de dizer o discurso certo na hora certa em nome do governo, e esse nome acertadamente nesse momento é Jacques Wagner...