Entre o Juazeiro em que vivo e o Juazeiro que eu quero viver, há uma grande lacuna a ser preenchida pelos que governam, pelo poder legislativo e pela população em geral. Venho escrever estas pequenas linhas por indignação a algumas atitudes do governo que aí está instalado, já em seu terceiro Mandato. Isto, porque corre a boca miúda, nos quatro cantos da cidade, que Juazeiro é a única cidade do Brasil que tem dois prefeitos.
Quero frisar nesta postagem, os impostos e taxas que são introduzidos e majorados a cada dia para o cidadão comum que ganha apenas um salário mínimo e que muitas vezes estão desempregados. Estamos cansados de pagar e não ter qualquer retorno quanto aos valores subtraídos do nosso bolso, como a Taxa de Lixo, a Zona Azul, a Taxa de Esgoto e agora, absurdamente, o valor altíssimo que pagamos pelo Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU.
Preciso urgentemente que a Prefeitura Municipal explique à população, um motivo plausível para o aumento desproporcional que ocorreu entre os anos 2016 até agora. Para título de esclarecimento, usarei como exemplo os valores cobrados e majorados no IPTU de minha residência localizado na Praça da Bandeira em Juazeiro/BA. Vejamos: No ano de 2011 o IPTU de minha residência era de R$160,69 já incluso a taxa de lixo que ficava em R$21,39. Nos anos posteriores – 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016, esses valores foram majorados em torno de 6,82 % ao ano. Já no ano próximo passado, 2017, o IPTU chegou ao valor de R$ 483,22 fora a taxa de lixo que passou a ser cobrada na conta de água, o valor de R$18,00 reais mensais, totalizando R$216,00 por ano. Juntando os dois, chegaremos ao valor de R$ 699,22. Ou seja, tivemos um aumento em torno de 400%. Sendo que, este ano, já foram entregues o carnê referente ao exercício 2018, no valor de R$ 496,76 excluindo a taxa de lixo de R$ 18 reais mensais, que continua sendo cobrada na conta de água, embora tenha decisão judicial em contrário a este pagamento por essa via.
Como explicar isto, Gestor Municipal? Cadê a Câmara de Vereadores que é inerte e inepta? Até quando nós, gente do povo, ficaremos de braços cruzados vendo a banda passar? Porque já virou rotina sermos pisoteados e massacrados, sem esboçar qualquer reação. Como bem escreveu Eduardo Alves da Costa em seu poema, No Caminho com Maiakóviski: “Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história. Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na Segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.”
Acordem munícipes! Somos nós que damos poder aos que governam, seja ele prefeito, vereador ou deputado. Façamos a nossa parte, afinal, estamos em ano eleitoral.
Suely Almeida Machado
Servidora Pública
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