Pescadores dizem que não há o que comemorar com o fim de defeso da piracema no rio São Francisco

28 de Feb / 2018 às 22h00 | Variadas

O presidente da Associação dos Pescadores e Pescadoras da Ilha do Fogo, Tadeu Reis da Costa, durante entrevista a este  Blog, disse que infelizmente o fim de defeso da piracema (120 dias proibição de pescar) na Bacia do Rio São Francisco chega ao fim hoje à meia noite. "Mas não existe o que comemorar. Pouco peixe. Rio seco. Não conseguimos atualmente pescar hoje o suficiente para sustentar a família".

O Ibama avaliou positivo o período. O Governo Federal garante o pagamento de um salário para os pescadores associados durante o período de proibição. A fiscalização continua nas lagoas marginais. O período de defeso da piracema na Bacia do Rio São Francisco que começou no mês de novembro do ano passado chegao ao fim nesta quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018. A medida restringe a pesca e a venda do pescado na bacia e nos reservatórios do rio. A restrição abrangeu os Estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Distrito Federal.

Durante o Defeso da piracema é permitida apenas a comercialização dos estoques de peixe in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais, armazenados por pescadores profissionais, e os já existentes nos postos de venda. 

A maioria dos pescadores passa por dificuldades e muitos têm procurado alternativas para sustentar as famílias. Tadeu aponta que e essa seca já alcança o sétimo ano, "Estamos caminhando para o sétimo ano de seca e não vemos um trabalho sequer a favor do rio. Dele só vemos notícias que o rio doa água", diz Tadeu.

Segundo Tadeu, os peixes da especie surubim e piau desapareceram. É uma raridade. “O que a gente acha é piranha e quando acha. A falta de peixe é reflexo da falta de reprodução e de alimentos para o crescimento das espécies”, finalizou Tadeu Reis.

Redação blog Foto: Monia Ramos

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