A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro praticado durante atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Uma mulher de 18 anos afirmou ter sido estuprada por um médico traumatologista. Segundo a vítima, após cair de uma escada dentro de casa, ela foi à unidade de saúde na manhã desta quarta-feira, onde realizou alguns procedimentos. O médico então, teria solicitado exames e, quando a paciente voltou com os resultados, ele teria apalpado e se esfregado em seu corpo, pedido que baixasse o short e ejaculado sobre a vítima.
Após o crime, a jovem foi para casa e contou o fato à mãe no final da tarde, quando então as duas procuraram a polícia. A vítima passou por exame de corpo delito e sexológico no Instituto Médico Legal (IML), sendo possível a coleta do sêmen do suspeito. À noite, a vítima foi encaminhada do IML para o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, localizado no bairro de Casa Amarela. No local, ela foi acolhida, recebeu atendimento de uma equipe multiprofissional e tomou as medicações profiláticas contra infecções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidez indesejada. Após receber apoio psicológico, ela recebeu alta e será acompanhada pelo serviço de referência.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Prevenção e Repressão aos Crimes Contra a Mulher. Um inquérito foi instaurado para apurar a denúncia. O delegado Jorge Ferreira deu início às investigações e deve ouvir a vítima novamente, para um depoimento mais esclarecedor, que possa ajudar a identificar o suspeito.
No final da manhã desta quinta-feira, a delegada Gleide Angelo, gestora do Departamento da Mulher da Polícia Civil, falou sobre o caso, durante entrevista coletiva na sede do Departamento de Polícia da Mulher, na Avenida Alfredo Lisboa, no Marco Zero. A delegada adiantou que solicitou à Secretaria Estadual de Saúde (SES), a identificação do suspeito. Ainda segundo Gleide, ele não pode ser preso em flagrante, mas só após a expedição de um mandado de prisão preventiva.
Por meio de nota oficial, a coordenação da UPA da Imbiribeira se pronunciou, alegandoque repudia veementemente qualquer tipo de violência contra a mulher. A direção informa que está à disposição dos órgãos competentes para apoiar as investigações do caso. Além disso, afastou o profissional envolvido dos atendimentos e vai tomar todas as medidas cabíveis.
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