A confusão generalizada no Barradão, no domingo (18), continua rendendo notícias e manchetes na imprensa nacional e até fora do País, colocando o futebol baiano em situação constrangedora, dentro e fora dos gramados. As declarações após o incidente, em algumas situações, beiraram o ridículo e faltou o óbvio: um pedido de desculpas ao torcedor.
Os dirigentes do Vitória caíram na tentação de tentar negar que ouve ordem superior para forçar um cartão amarelo que encerraria a partida, quando todas as evidencias, inclusive a leitura labial do treinador Mancini e a postura do elenco após esse comunicado, são bastante esclarecedoras. Por fim o presidente Ricardo David declarou que a decisão de provocar a expulsão e encerrar a partida foi do jovem jogador Bruno Bispo, um dos mais jovens da equipe. Não faltaram críticas na imprensa nacional a essa declaração.
O presidente do Bahia, Bellintani, teve tudo para sair bem no episódio quando cobrou providencias e punições, inclusive para seu time, em nome do futebol, mas falou mais do que devia e caiu no ridículo de propor o encerramento do campeonato. “Tem que interpretar esse jogo, o que acontece com um clube que abandona a partida no meio deliberadamente. Depois que analisar isso, ver se o campeonato continua ou não”, disse.
A declaração de Bellintani causou espanto, pela sua convicção de que o Bahia decide se a competição continua, ou não, num campeonato que reúne, além dos dois times brigões, mais oito clubes que investem e trabalham para que o futebol baiano seja um exemplo dentro de campo.
Muito mal na competição e único beneficiado com a atitude mal calculada dos dirigentes do Vitória, já que saiu da quinta colocação para a segunda, sem méritos em campo e ultrapassando na tabela clubes que mereceram por competência, o presidente do Bahia perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, nesse quesito.
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