Nos dias 13 e 14 de fevereiro, aconteceu uma reunião com jovens na comunidade de Lagoa do Anselmo, município Pilão Arcado-BA, com moradoras/es das comunidades de Melancia, Lagoa Grande, Poço do Angico, Lagoinha, Lagoa do Anselmo e Baixão, sendo realizada com a participação de 58 pessoas, que em sua maioria são jovens do campo. O objetivo do evento foi apresentar o Projeto Semiárido Produtivo, executado pelo Irpaa, com financiamento do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, tendo como objetivo estruturar os sistemas de produção da agricultura familiar.
O agricultor Calos Ramos, da comunidade de Baixão, relata sobre a importância da implantação do projeto na comunidade, pois estará gerando trabalho para os jovens e a permanência nas comunidades, além de promover inclusão econômica e social dos jovens nas comunidades tradicionais. Para Carlos a maior expectativa é que, ao final desses três anos, o projeto esteja implantado e os jovens estejam desenvolvendo as atividades das comunidades.
Alessandra Borges, estudante da Escola Família Agrícola de Sobradinho – Efas, moradora da comunidade de Lagoa do Anselmo, fala que o projeto será um meio de as/os jovens se unir e se organizar nas comunidades, Alessandra diz que é uma grande oportunidade de desenvolvimento para ela, enquanto jovem, estar inserida nesse trabalho da convivência com o semiárido.
Para o jovem Denílson Soares, da comunidade Melancia, a grande expectativa com esse projeto é trabalhar a valorização dos produtos da região, como o exemplo do mel, o umbu, os caprinos e ovinos. Ele espera que o projeto venha trazer meios de as/os jovens desenvolver essas tarefas nas próprias comunidades, sem precisar sair.
Para Tiago Pereira, o coordenador institucional do Irpaa e membro do Comitê Gestor do projeto Semiárido Produtivo, a continuidade do trabalho do instituto em Pilão Arcado agora tem um foco primordial que são as/os jovens e as mulheres, de modo a construir possibilidades de geração de trabalho e renda no campo, através da organização dos grupos de jovens e produção, com foco no fortalecimento das associações locais que estão fragilizadas.
Ainda segundo Tiago Pereira, os dados de produção já levantados nas três comunidades que o projeto terá atuação, evidenciam a necessidade de potencialização do trabalho com apicultura, sobretudo, de organização, estruturação, inspeção sanitária, acondicionamento, rotulagem e comercialização do mel pelas famílias, já que ainda é comum o escoamento da produção através do atravessador. Na região são produzidos aproximadamente 81.000 quilos de mel por ano.
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