O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) está sendo processado pelo colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pelos crimes de calúnia e injúria. Segundo o advogado do presidenciável, Gustavo Bebianno Rocha, a queixa-crime foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), com base em uma entrevista que Wyllys concedeu ao jornal "O Povo", em agosto do ano passado.
Ainda de acordo com a defesa de Bolsonaro, na oportunidade, Jean Wyllys utilizou termos como "fascista", "racista", "burro", "corrupto", "ignorante", "desqualificado" e "canalha" ao se referir ao pré-candidato à Presidência da República, embora não o tenha citado diretamente. Para Rocha, Wyllys deixou claro que se referia a Bolsonaro por mencionar seu antigo partido, o PP, e por destacar que muitas pessoas o chamam de "mito". "A ação, deliberada e gratuita, revelou uma vontade específica de magoar e ferir o amor-próprio do parlamentar", considerou o advogado.
Conforme informações de O Globo, Bolsonaro já havia tentado retirar a entrevista do ar, mas o pedido foi negado, em janeiro, pela 47ª Vara Cível do Rio. No pedido enviado ao STF, o advogado avalia que a imunidade parlamentar de Jean Wyllys deve ser afastada no caso, já que, no seu entendimento, as declarações não tiveram relação com o seu mandato como deputado. A assessoria de Jean Wyllys informou que o deputado ainda não foi notificado sobre o assunto.
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