Todos os anos, no Carnaval, a fórmula é a mesma. Foliões nas ruas podem resultar em um número maior de casos urgentes e emergenciais chegando a hospitais da capital e interior da Bahia. Tendo em vista esse cenário, em 2018, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) aplicou R$1,4 milhões para dar conta da demanda ampliada de atendimentos.
Ao todo, são 2.039 plantões extras, nos cinco dias de folia. De acordo com o subsecretário da Sesab, Adil Duarte, "na área da Saúde, as ações são divididas em dois grupos - de prevenção e de assistência". O gestor explica que "a adição de postos de trabalho está incluída nesse segundo segmento e que há uma atuação por parte da Corregedoria da Sesab, que verifica o funcionamento das unidades públicas do Estado, avaliando, inclusive, o recurso humano".
Em Salvador, os hospitais gerais do Estado (HGE), Roberto Santos (HGRS), Ernesto Simões Filho (HGESF) e o Hospital do Subúrbio (HS) costumam receber os casos de maior gravidade. Apenas no HGE, equipamento de saúde de trauma mais solicitado da Bahia, serão 273 plantões complementares. O diretor da unidade hospitalar, André Luciano, salienta que "os plantões são à parte da equipe que normalmente atua no local".
O HGE é o único hospital do Brasil a contar com um Centro de Atendimento de Múltiplas Vítimas. Em 10 minutos, o estacionamento coberto se transforma em uma ampla emergência, capaz de atender um número grande de pacientes, fornecendo equipamentos de ponta, a exemplo de pontos de oxigênio e respiradores. "Nessa área, recebemos os pacientes do mesmo modo que receberíamos em uma sala de emergência, posteriormente fazendo o atendimento ou a triagem para outras unidades", destaca o diretor.
Já no interior, há unidades estaduais de saúde de prontidão para dar conta de pacientes necessitando de assistência de urgência e emergência nas cidades de Porto Seguro (extremo sul), Lauro de Freitas (RMS), Barreiras (oeste), Seabra (Chapada Diamantina), Ilhéus (sul), Jequié (centro sul), Guanambi (sudoeste) e Juazeiro (norte).
Prevenção e detecção de doenças: Além do aumento de atendimentos nas emergências hospitalares, é registrada também a ampliação de casos de pessoas que contraem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), durante Carnaval. Incluídos nas medidas preventivas estão os três postos de testagem capazes de detectar enfermidades como a Aids, transmitida pelo vírus HIV, sífilis e as hepatites virais.
As estruturas foram montadas na capital - uma em cada circuito da folia - e em Porto Seguro.
"As pessoas, no dia a dia, não têm a oportunidade de fazer o teste para essas doenças virais. É um procedimento simples. Basta que o indivíduo se dirija há um dos postos e se apresente. Se der positivo, o paciente é orientado a procurar um serviço especializado para fazer a complementação e investigação diagnóstica", detalha Duarte. Ainda na área de prevenção, há a distribuição de preservativos para os foliões. Em 2018, mais de milhão de camisinhas devem ser disponibilizadas.
Hospital da Mulher: O Serviço AME, localizado no Hospital da Mulher, em Salvador, contará com uma unidade móvel, no Carnaval. A unidade acolhe integralmente as mulheres e adolescentes a partir dos 12 anos que forem expostas a situações de abusos e violência sexual.
Em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o AME estará com unidade móvel desta quinta a terça-feira (8 a 13), no circuito Dodô, orientando e encaminhando, quando necessário, para o Hospital da Mulher.
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