Pesquisa divulgada em São Paulo, pelo “Ruralômetro” revela que 61% dos deputados federais não têm compromisso com o meio ambiente, os indígenas e trabalhadores rurais De acordo com o levantamento, pelo menos 313 deputados federais têm atuação parlamentar – em votações ou na elaboração de projetos de lei – contrária à agenda socioambiental, que envolve a preservação do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores rurais e a defesa de comunidades indígenas e quilombolas.
Os dados foram colhidos pela Repórter Brasil por meio do “Ruralômetro”, banco de dados e ferramenta interativa que avalia o comportamento dos deputados eleitos em 2014 diante da agenda socioambiental.
O “Ruralômetro” avaliou 131 projetos de lei cujos autores são deputados eleitos em 2014 e 14 votações nominais (em que deputados registram seu voto). Todos apresentam algum tipo de impacto no meio ambiente, nos povos indígenas e nos trabalhadores rurais. Oito organizações independentes do terceiro setor classificaram essas votações e projetos de lei como favoráveis ou desfavoráveis à agenda sócio-ambiental, o que permitiu avaliar e pontuar os parlamentares.
Foram elas: Instituto Socioambiental (ISA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (Contar), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), Greenpeace e Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente.
O deputado pior avaliado foi Nilson Leitão (PSDB-MT), coordenador da bancada ruralista. Ele é autor de nove projetos de lei desfavoráveis ao meio ambiente e votou a favor de 7 Medidas Provisórias ou projetos de lei considerados desfavoráveis ao setor socioambiental. O Estado com o maior número de ruralistas é Goiás, seguido por Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
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