Especialista no estudo do Carnaval, vice-reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e doutor em cultura contemporânea, o professor Paulo Miguez avalia que a festa carnavalesca “é reflexo de uma crise do modelo de Carnaval que vem desde os anos 1980”. Para ele, isso tem criado dificuldade.
Miguez faz questão de frisar, contudo, que “não há crise do Carnaval, mas sim uma crise do modelo”. Pesquisador do tema, ele observa o que chama de “rearranjo de forças que financiam a festa” e diz que esse fenômeno “é parte da crise”.
Para Paulo Miguez, a atuação de órgãos públicos na organização da folia de Momo dá a essas instituições “um papel indutor, de regulação”. São esses atores, na avaliação dele, “que fazem com que o modelo caminhe em uma direção”.
Em 2017, após o domínio dos blocos sem cordas em Salvador na folia daquele ano, ele considerou que, no entanto, “não dá nem para imaginar que as cordas serão eliminadas desse sistema”.
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