A programação alternativa do Carnaval de Juazeiro iniciou na tarde deste sábado (27), e contou com os shows das bandas locais, Cajuinha em Comum, P1 Rappers, Sanitário Sexy, Retrofoguetes, Soda Solta, Tio Zé Bah e Jeremias Gomes. As apresentações ocorreram na Rua da 28 - Polo Manuca Almeida.
Estreando no carnaval de Juazeiro, a primeira banda a subir ao palco foi a Cajuinha em Comum que trouxe em seu repertório composições autorais, além, de diversos gêneros como axé, samba, rock e o carimbó. Formado em sua maioria por homens, o grupo tem como vocalista a cantora e compositora Mirielle Cajuhy, que falou sobre a importância desse espaço no carnaval de Juazeiro.
“Estou muito feliz, por estar em um palco onde reúne os artistas da nossa terra trazendo os gêneros musicais que não são tocados nos trios elétricos. Acredito que isso é muito relevante, porque os artistas alternativos têm uma oportunidade de mostrar seu trabalho. Ser uma mulher e estar nesse espaço é uma honra”, afirmou.
A segunda banda a se apresentar foi a P1 Rappers que levou para o público o Rap, com letras de cunho social. Durante o show, o vocalista Euri Mania convidou alguns artistas locais para se apresentarem no palco alternativo. O cantor também pontuou sobre o Polo Manuca Almeida. “Eu acho que o palco alternativo além de trazer um dinamismo, traz outro som, outros sabores para o carnaval, além de ser o único espaço onde os coletivos do Vale têm para se apresentar no carnaval”, disse.
Além do Rap, o palco alternativo trouxe as bandas: Sanitário Sexy, Sóda Solta, Tio Zé Bah e Jeremias Gomes, finalizando as apresentações do primeiro dia. Para a estudante Beatriz Braga que aprovou as atrações o espaço alternativo é muito significativo. “É a primeira vez que venho para palco alternativo de Juazeiro, estou gostando muito. Eu vejo esse palco como algo muito importante, pois as pessoas também querem apreciar esses estilos. É um local de valorização, ele vai servir como vitrine para os artistas locais”, pontuou.
De acordo com o superintendente de eventos do município, Naldinho do Quidé “o palco da 28 é um espaço narrativo, é importante para que o povo possa ter essa diversidade cultural e possa ter vários espaços para curtir o carnaval, seja ele da juventude ou dos mais velhos. A Rua da 28 vem para atrair essa população alternativa que mistura samba, pop, reggae, rock em um só lugar”.
Homenagem
Esse ano o palco alternativo foi batizado de Polo Manuca Almeida, em homenagem a um dos grandes artistas da cidade falecido recentemente. A esposa do cantor, Lú Almeida, esteve no circuito e falou sobre a iniciativa. “A gente fica feliz por Manuca ser lembrado, eu vou falar algo que talvez as pessoas não saibam, mas Manuca foi carnavalesco e gostava muito de escola de samba. Quando eu soube da homenagem não sabia como lidar, mas no final eu gostei e a família também aprovou”, afirmou.
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