Esta semana, mais precisamente na terça-feira, dia 09, juazeirenses que residem nas imediações das lagoas de decantação no bairro Tabuleiro mantiveram contato com a redação do Blog Geraldo José para expressar preocupação com o esvaziamento das mesmas e o possível crime ambiental com a suspeita dos dejetos fecais “in natura” serem atirados diretamente no leito do Rio São Francisco.
No contato, os munícipes argumentaram que o SAAE (Serviço de Água e Saneamento Ambiental) abriu um córrego para facilitar o escoamento dos resíduos sólidos. O Blog manteve contato com a Assessoria do SAAE que enviou a seguinte nota de esclarecimento: “O Serviço de Água e Saneamento Ambiental – SAAE/Juazeiro está fazendo a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e, para a realização de uma das etapas da obra teve que reduzir o defluente da última lagoa. Todo o processo, segundo a engenheira Louise Chiochetta, é normal uma vez que o esvaziamento foi na última fase do sistema, cujos dejetos já passaram por todo o tratamento e não oferecem nenhum dano ao meio ambiente. “Este procedimento é necessário para que possamos implantar o novo sistema na ETE. Tudo foi feito dentro dos parâmetros legais, com o devido conhecimento do INEMA. A obra possibilitará a ampliação total da estação que terá capacidade duplicada e apta para receber todos os dejetos do esgotamento sanitário da cidade”, informou a engenheira.
Após a nota do SAAE, o Sr. Adelino Silva, que reside nas proximidades da Ilha de Nossa Senhora, abaixo da ETE – Estação de Tratamento de Esgotos convidou a nossa reportagem para contestar a justificativa do órgão municipal e desafiar o Inema a fazer uma vistoria no local. Atendendo convite do morador a reportagem esteve no local, oportunidade em que ouviu o denunciante. “Quero contestar as alegações da engenheira do SAAE porque conforme você pode observar Geraldo, a lagoa que está vazia é a primeira, ou seja, os dejetos fecais não passaram pela cadeia do processo como ela alega. Veja que as duas lagoas seguintes, a segunda e a terceira, estão cheias. A água que está indo para o leito do rio é escura, preta, diferente da cor verde depois que os resíduos sólidos passam por tratamento” colocou Adelino Silva.
OUTRA DENÚNCIA
Para Adelino Silva outro fato gritante é que um canal que passa ao lado do bairro São Geraldo, também do esgotamento sanitário, não tem qualquer tratamento e o seu escoamento vai em direção ao Rio São Francisco. “Não consigo entender como o Inema não enxerga isso, nós que residimos aqui sofremos as consequências com a podridão (fedentina) e não temos como tomar banho no rio invadido pelos esgotos. Alguém tem que fazer alguma coisa contra essa situação” apelou Adelino Silva.
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