Faça sol ou chuva, para a criançada não existe tempo ruim. As brincadeiras ao ar livre abrem horizontes para os pequenos que, muitas vezes, se esquecem do celular, do tablet e da televisão para aventuras e jogos nas ruas ou nas areias dos parques, principalmente neste período de férias.
Júlia Borges Ferreira, 4 anos, é estimulada pelos pais a aproveitar a infância com brincadeiras ao ar livre, seu passatempo favorito. “Gosto muito de ir aos parquinhos e de brincar na areia com meus pais”, diz, animada, a filha mais velha de Anna Paula Borges Resente, 26, e de Rafael Franco Ferreira, 28.
Acompanhada da irmã de apenas nove meses duas meninas se divertiam com a areia, fazendo pequenos montes com a ajuda de brinquedos de plástica. “Júlia brinca no celular, mas com limite, pois acredito que passar muito tempo no aparelho prejudica o crescimento e a visão das crianças. Na nossa época, brincávamos ao ar livre e, hoje em dia, as crianças não fazem tanto isso”, afirma a mãe, Anna Paula. “A gente tenta conciliar a tecnologia e as brincadeiras mais tradicionais”, complementa o pai, Rafael Franco, bombeiro civil.
Mas é na escola que as crianças mais interagem com brincadeiras lúdicas. Como confirma o estudo da professora Ingrid Wiggers, coordenadora do Grupo de Pesquisa Imagem, vinculada à Faculdade de Educação Física (FEF) da UnB. “As brincadeiras tradicionais são uma forma de socialização e conhecimento da cultura na qual essas crianças estão inseridas. É um espaço onde elas aprendem a conviver com a diferença, a negociar regras em grupo e, enfim, experimentar a tolerância”, afirmou Wiggers.
O laboratório da pesquisadora foi a sala de aula. Lá, pediu para 145 crianças desenharem sua diversão favorita. A maioria (40%) usou a folha em branco para desenhar brincadeiras, como pular corda. Em segundo veio o esporte, como natação e futebol (30,4%), as opções midiáticas ficaram em terceiro (11,4%). Outras atividades ficaram com 18,2%. A pesquisa foi realizada em seis escolas públicas, distribuídas pela Asa Sul, Asa Norte, Ceilândia, Riacho Fundo II, Arniqueira e São Sebastião.
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