O Movimento de Mulheres de Jacobina, recebeu o grupo de mulheres de Senhor do Bonfim e de Salvador. O objetivo foi se solidarizar com a jovem de 18 anos, vítima de estupro na boate Mirante em Jacobina. O encontro teve a participação de Sandra Munhoz, da Rede de Atenção Violência Contra as Mulheres de Salvador; Tatiana Tarrão, psicóloga e presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Jacobina; Andréia Magalhães, psicóloga e integrantes da Câmara de Mulheres do Piemonte Norte do Itapicuru de Senhor do Bonfim, Zélia e Onília do Sindicato dos Comerciários de Jacobina.
O resultado do encontro foi a realização de um protesto na próxima terça-feira, dia 9, data que está marcada a primeira audiência envolvendo Marcus Machado, acusado de ter estuprado a jovem de 18 anos.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que o homem suspeito de estupro dentro de uma boate em Jacobina, no norte do estado, já responde a um outro processo pela suspeita de ter cometido o mesmo crime contra uma criança de oito anos. Na última quarta-feira (3), o delegado Eduardo Brito, titular da 16ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Jacobina), já tinha antecipado à reportagem que Marcus Rodrigues Machado, de 34 anos, respondia a processo de estupro de vulnerável. Entretanto, a idade da suposta vítima ainda não tinha sido informada.
Segundo o MP-BA, o crime contra a criança teria ocorrido no município de Capim Grosso, a cerca de 60 quilômetros de Jacobina, no ano de 2014. O processo corre em segredo de Justiça
O acusado negou à polícia que tenha estuprado a jovem e afirma que a relação sexual foi consensual.
"Eu só queria que isso tudo fosse um pesadelo". Este foi o relato da jovem de 18 anos, moradora de Senhor do Bonfim, que denunciou ter sido vítima de estupro em uma boate de Jacobina, no último domingo (31). A vítima, que preferiu não se identificar, disse que tinha ido ao banheiro da boate e, quando voltou, não encontrou os amigos. "Eu vi que meus amigos tinham falado com o Marcus. Então, ele era um conhecido e poderia me ajudar a encontrá-los. E aí eu fui com ele porque, para mim, Marcus não parecia alguém que fosse me machucar", contou a jovem.
"E quando chegou num beco escuro, que eu acreditava que fosse uma saída, ele me empurrou na parede, ele segurou os meus braços e eu só conseguia ficar em choque. Eu só queria que aquilo tudo acabasse", destacou.
A defesa do suspeito informou que só vai se pronunciar após a conclusão do inquérito. A direção da boate onde o crime ocorreu publicou nota em redes sociais informando que vai colaborar com as investigações da polícia. Em nota, o MP-BA informou que as apurações realizadas pela Polícia Civil e complementadas pelo Ministério Público Estadual identificaram provas e indícios suficientes de autoria e materialidade delitivas.
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