O eleitor baiano vai assistir em 2018 um duelo eleitoral entre os dois principais protagonistas políticos do estado: o governador Rui Costa, petista que busca a reeleição, e o prefeito de Salvador ACM Neto, do DEM, que está em seu segundo mandato consecutivo na prefeitura e almeja chegar ao Palácio de Ondina.
As questões que enfrentarão – explicam os cientistas políticos e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Joviniano Neto e Paulo Fábio Dantas Neto, em seus artigos escritos com exclusividade para o Portal A Tarde– não se restringem à política local e suas alianças. Passam por questões nacionais, como o governo do presidente Michel Temer (PMDB) com suas reformas impopulares e o suspense em torno da candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, ameaçado por condenações judiciais na Operação Lava Jato.
Rui Costa e ACM Neto ocupam posição diferente no espectro político – um se diz mais à esquerda, com foco em programas sociais; e outro mais à direita, com olhar liberal em que a economia é tida como a base do desenvolvimento. Ambos têm suas gestões bem avaliadas pelo eleitor.
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisa, divulgada em 30 de novembro deste ano, mostra Neto com a aprovação de 70,8% dos entrevistados. Rui vem um pouco atrás, com 65,7%.
Nesta fase de pré-campanha, tanto Rui como Neto se esforçam para não dispersar a base enquanto costuram acordos para a composição da chapa.
Rui, por exemplo, busca evitar que aliados importantes, como o PR e o PP (do vice-governador João Leão), debandem para o lado do democrata, e ao mesmo tempo, tenta aplacar a sanha pelas duas vagas ao Senado. Se PR, PP e PT desejam estar na chapa, também correm por fora o PSD, do senador Otto Alencar, e o PSB, da senadora Lídice da Mata.
Rui contemporiza: “O que posso adiantar é que é da tradição do nosso partido (o PT) ouvir os aliados, conversar e buscar o entendimento que aglutine a posição da maioria. Agora, todo mundo sabe que há uma limitação de ordem prática, pois são poucas vagas. Portanto, vamos ter muita cautela, mas a palavra de ordem é consenso”, explicou.
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