Cerca de 70 mil crianças e adolescentes de zero a 19 anos esperam por uma cirurgia eletiva, que é aquela onde é possível escolher a melhor data para a operação. Esses meninos e meninas estão na fila para corrigir, por exemplo, o estrabismo, problemas nas amígdalas, na adenoide – que obriga a criança a respirar pela boca -, e postectomia, que é a cirurgia de fimose – para retirar o excesso de pele do pênis. A informação é da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Entre a população infanto-juvenil, as áreas que mais recebem demandas para cirurgias eletivas são ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Do total de crianças que estão na fila de espera, 36 mil têm menos de 10 anos e quase mil ainda não completaram um ano de idade.
O secretário-geral da Sociedade de Pediatria, Sindei Ferreira, explica que as cirurgias eletivas não são uma emergência, mas é preciso atender ao paciente o quanto antes. Na tentativa de reverter esse quadro, o Ministério da Saúde criou, em maio, a Fila Única de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos dentro do SUS, com incentivo financeiro para estados criarem a listagem. Segundo o órgão, a intenção é dar transparência e agilidade. Mas, de acordo com Sidnei Ferreira, a iniciativa não tem dado certo.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que está exigindo que estados e municípios façam parte da fila única e informatizem o sistema de saúde. Segundo o órgão, em 8 meses, houve um aumento de cerca de 40% na realização de procedimentos no país. A pasta disse ainda que disponibilizou R$ 250 milhões extras para a realização de mutirões e tem conversado com estados e municípios que tenham retido financiamento da saúde para liberarem os recursos.
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