Depois de três anos seguidos de retração, o comércio obteve a maior alta nas vendas de Natal. De acordo com dados do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, em todo o país houve aumento de 5,6% nas vendas na semana entre 18 e 24 deste mês, em relação a igual período do ano passado. O Indicador informa ainda que esse aumento é o maior desde 2010.
Já no estado pernambucano, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE), o comércio deve fechar dezembro com alta de 6% nas vendas. Para o Presidente da CDL Petrolina, Manoel Vilmar, a cidade seguiu o ritmo do crescimento de vendas no período natalino observado em todo o país. Em alguns casos até superando as expectativas.
"Petrolina não é diferente da realidade brasileira. Basta andar nas ruas para perceber a movimentação, principalmente na semana que antecede o Natal. Na realidade, nós superamos a expectativa com o crescimento de 7% no varejo, e intenção de contratação de 30% dos empregos temporários. Um alento para os comerciantes e um fator positivo também para o consumidor, pois prova que o seu poder de compra aumentou neste fim de ano", comemorou o presidente.
Os principais motivos para a melhora são a queda dos juros e a injeção de R$ 59 bilhões na economia, provenientes do saque do FGTS e do PIS/Pasep. Fatores que possibilitaram os consumidores a quitar parte de suas dívidas, melhorando o índice de confiança e aumentando o crédito.
Para o SPC Brasil, a recuperação do comércio é consequência de uma possível melhora da economia, mas embora o crescimento pareça forte, ainda está longe dos resultados dos anos anteriores à crise. "O acesso ao crédito mais difícil e os juros elevados ainda limitam o poder de compra. Mas, com a economia dando sinais de retomada, os consumidores foram às compras de forma menos tímida que nos últimos anos", avaliou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Natal também foi a data comemorativa de 2017 com o aumento mais expressivo nas vendas. As outras datas mais aguardadas pelo comércio, como o Dia das Crianças, Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados, ou tiveram crescimento mais tímido, ou registraram queda nas vendas, em relação a 2016.
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