A seção baiana da Frente Brasil Popular (FBP) emitiu uma nota, neste final de semana, para se manifestar contra o reajuste da tarifa do transporte público de Salvador, já anunciado pela prefeitura da capital. Segundo o texto, o aumento da passagem dos ônibus – que é de R$3,60 e pode chegar a R$ 4 – não corresponde à situação precária do serviço oferecido.
A entidade criticou, ainda, o modelo de concessão do serviço às empresas de transporte, que prevê reajuste anual automático e sem consulta popular, e garantiu que vai se mobilizar para impedir o aumento. Abaixo, a íntegra da nota:
NÃO AO REAJUSTE DA TARIFA DO TRANSPORTE PÚBLICO EM SALVADOR
A prefeitura de Salvador anunciou que a tarifa do transporte público municipal será reajustada, mais uma vez.
O contrato que o prefeito ACM Neto (DEM) fez com as empresas de ônibus permite que o aumento seja automático, todo ano, sem precisar de debate com a sociedade nem aprovação da Câmara de Vereadores. Um absurdo! O empenho de ACM Neto e dos empresários para encarecer o valor da passagem não corresponde à qualidade do serviço.
A população paga mais caro para ter um transporte cada vez pior.
Salvador possui uma frota de ônibus velhos que foram pintados para ganhar aparência de novos. Além de velhos, os ônibus são sujos e desconfortáveis. Sem falar no tempo de espera dos passageiros nos pontos, que, na maioria das vezes, não trazem nem proteção contra sol e chuva.
A situação foi agravada recentemente, com a extinção de importantes linhas de ônibus da cidade, principalmente as que trafegam em bairros populares, sem estudo e aviso à população. Tudo para tentar jogar a culpa no metrô, que veio para melhorar a mobilidade da cidade, mas que precisa da integração com os ônibus.
O valor de uma passagem de ônibus hoje é R$3,60, mas pode chegar a R$ 4 em 2018. A prefeitura anuncia o aumento, mas nada fala sobre investimentos no transporte, a exemplo da não cumprida promessa de campanha de ACM Neto de colocar ar-condicionado nos ônibus. Até hoje ninguém viu.
É por tudo isso que não aceitamos esse reajuste, e estamos na luta para que a população não pague ainda mais caro por um serviço de transporte de péssima qualidade.
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