Para celebrar o período natalino, ruas, casas, prédios e igrejas se enfeitam para a data de nascimento de Cristo. A tradição se repete há séculos e é representada, principalmente, com a montagem dos presépios. A recriação da manjedoura, dos animais e reis reforçam a memória do Natal para os cristãos. Durante a noite, iluminados, muitos deles viram atração para famílias e crianças que guardam a lembrança das decorações em fotos.
Em diversos tamanhos e cores, a montagem dos presépios varia conforme a disposição dos organizadores e o espaço destinado à representação. Mas, independentemente da proporção das imagens, o propósito do ritual é recriar a palavra bíblica do nascimento de Cristo e resgatar o espírito de fé das pessoas.
No calendário religioso, a cena é recriada nas quatro semanas que antecedem o Natal, conhecido como o período do Advento, que significa a preparação para a chegada daquele conhecido como o Salvador do Mundo. O cenário se mantém até o dia 6 de janeiro, data, segundo a tradição cristã, em que os Três Reis Magos visitaram o Menino Jesus. Mas, em alguns locais, a representação dura até 8 de janeiro.
A Igreja Católica atribui o primeiro presépio à figura de São Francisco de Assis, em 1233, quando o santo resolveu reviver em uma gruta a história de Cristo. Com a ajuda de um rico senhor da região, conseguiu a manjedoura, o feno e os animais. Na noite de Natal, os sinos chamaram a população. Na gruta, entre os animais, uma missa foi celebrada. Desde então, os frades franciscanos imitam o seu fundador nas igrejas e nos conventos abertos por toda a Europa e se transformam nos verdadeiros pioneiros do presépio, antes dos dominicanos e dos jesuítas. Desde 1986, São Francisco de Assis é considerado o patrono universal do presépio.
Os primeiros presépios foram introduzidos no Brasil pelos sacerdotes portugueses que desembarcaram na nova colônia. Em 1532, o padre José de Anchieta, ajudado pelos índios, modelou em barro pequenas figuras representando o nascimento de Jesus, com o propósito de incutir nos indígenas a tradição cristã.
Mas esses objetos só foram efetivamente difundidos por aqui nos séculos 17 e 18 pelos jesuítas. Inicialmente, os exemplares que chegavam se inspiravam nos modelos importados de Portugal e da Espanha. Mais tarde, a representação natalina passou a ter fisionomia própria e cara brasileira. Principalmente após o movimento barroco. Desde então, os presépios nacionais passaram a ser esculpidos com influências indígenas, negras e caboclas.
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