Após 155 anos, a Imprensa Nacional produziu no início da madrugada desta quinta-feira (30) a última edição impressa do "Diário Oficial da União". A partir desta sexta (1º), o "DOU" passará a estar disponível somente na versão online O "Diário Oficial" circula desde 1º de outubro de 1862. As edições costumam ultrapassar 2 mil páginas diariamente, marca que rendeu recordes à publicação.
Dividida em três seções, a publicação oficial apresenta leis sancionadas, decretos do presidente da República, portarias ministeriais, nomeações, exonerações e licitações. A decisão de encerrar a impressão do Diário Oficial está entre ações que, segundo o governo, visam a desburocratizar a administração pública e reduzir custos.
De acordo com a Casa Civil, responsável pela publicação oficial, a impressão consome 60 toneladas de papel jornal todo mês (720 toneladas anuais), com um custo aproximado de R$ 204 mil mensais (R$ 2,5 milhões anuais).
A versão digital do Diário Oficial está disponível desde 1997. Atualmente, o site da Imprensa Nacional recebe 23 mil acessos diariamente, enquanto a tiragem da versão imprensa do "Diário Oficial" é de cerca de 6 mil exemplares. Na década de 1990, chegaram a ser impressos 90 mil exemplares diariamente.
Está prevista para esta quinta a assinatura de um acordo de cooperação entre a Imprensa Nacional e a empresa Microsoft. A parceria vai permitir o uso de ferramentas para leitura e processamento das informações de edições antigas do "DO", melhorando a pesquisa e o acesso às leis, portarias e decretos publicados.
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