'De Olho no Futuro' pode ser considerado um embrião do Proerd, que leva conhecimento para os jovens, a fim de que não se envolvam com drogas e violência.
Início dos anos 90, em pleno semiárido baiano, nascia uma iniciativa que pode ser considerada um embrião do 'Programa de Educacional de Resistência às Drogas e à Violência' (Proerd), da Polícia Militar. No município de Casa Nova, a 576 quilômetros de Salvador, em pleno 'Polígono da Maconha', o então capitão Walter Araújo, comandante da 25a Companhia Independente da Polícia Militar, começava o projeto 'De Olho no Futuro', com o objetivo de prevenir o consumo de drogas entre crianças e adolescentes.
A iniciativa consistia na realização de palestras nas escolas da cidade e outras ações sociais e esportivas, como um passeio realizado a cidade de Juazeiro, com crianças que nunca tinham sequer saído do município. Ao longo de oito anos, o projeto contou com a participação de 3 mil jovens.
"Percebemos que na cidade, muitas famílias eram seduzidas pelo dinheiro fácil dos donos de roças de maconha na região, e geralmente os filhos iam juntos", explica o tenente coronel Walter Araújo, lembrando que, atualizando os valores, se uma diária numa fazenda rendia R$ 50 para um agricultor, na de maconha receberia R$ 150 e mais R$ 300 na época da colheita.
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