O procedimento derivado da delação da JBS que envolve o ministro das Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal). Moraes, que assumiu o cargo no início do ano, foi subordinado de Kassab na Prefeitura de São Paulo, onde era considerado o "supersecretário" da gestão - ocupou pastas de Transportes e Serviços.
A passagem pela prefeitura deu projeção ao hoje juiz do Supremo, que anos depois se tornou secretário da Segurança do Estado e a seguir ministro da Justiça de Michel Temer. Procurado, Moraes informou que não comentaria o assunto. A PGR (Procuradoria-Geral da República) entendeu que parte das acusações dos delatores da JBS não guarda conexão com o núcleo da Operação Lava Jato e as encaminhou para livre distribuição a ministros do Supremo.
Em seu acordo, homologado em maio, o empresário Wesley Batista afirmou que pagou quase R$ 30 milhões em contratos superfaturados de aluguel de caminhões a partir de 2010 com uma empresa ligada a Kassab. O ministro das Comunicações vem negando ter recebido recursos pessoais do grupo e sustenta que possui participação societária em uma firma que opera legalmente.
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