O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), entra de licença das atividades parlamentares a partir desta segunda-feira (20). De acordo com o jornal O Dia, o peemedebista alegou "motivos pessoais" para pedir o afastamento. Ele só deve retomar atividade na Alerj em fevereiro do próximo ano. Picciani afirma que precisa do tempo para cuidar da situação financeira da Agrobilara, sua empresa que teve os bens bloqueados por determinação do Tribunal Regional Federal.
Picciani nega que o afastamento ocorra por conta de pressão de aliados. Ainda de acordo com o jornal, o presidente da Alerj e os deputados Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB), soltos após votação na últma sexta (17), vem sendo aconselhados a se afastarem da Casa para evitar desgastes.
Em nota, a Alerj confirmou o pedido de licença de Picciani. "A razão imediata é o fato de querer se dedicar à sua defesa e à do filho, que permanece preso, e à sobrevivência da empresa de 33 anos da família. A empresa teve a conta bloqueada pela Justiça - apesar de arcar com gastos fixos como salário de funcionários, impostos, veterinários e alimentação dos animais", afirma a nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo. A Assembleia ainda não informou se o deputado será remunerado durante o período.
O Ministério Público Federal deve pedir, na próxima terça (21), o afastamento dos três deputados ao Tribunal Regional Federal. "Se tiver essa decisão do TRF, vou acatar de imediato e recorrer ao Supremo Tribunal Federal", disse Picciani, sobre a possibilidade.
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