Ao aproximar-se o ano das eleições (2018), acentua-se a motivação na tentativa de identificar as tendências político-partidárias-ideológicas daqueles que se interessam por participar do pleito, com ênfase muito maior quando se trata das eleições para o futuro Presidente da República. Ainda que seja muito importante um mínimo de conhecimento da ideologia dos pretendentes ao cargo maior da República brasileira, num contexto mais abrangente, parece muito evidente que ao povo hoje esse detalhe pouco importa, visto que são graves os seus problemas mais fundamentais ligados às questões básicas de sobrevivência, educação, segurança e saúde pública, além da expectativa natural de que esse comando nacional a ser escolhido esteja imbuído dos melhores propósitos de integridade e honestidade, coisa rara de se encontrar no meio deles nos últimos tempos...
O radicalismo político insano, seja de qual ideologia for, não trará qualquer contribuição positiva ao país, visto que historicamente os fatos aí estão para comprovar. Optaria pela variável mais representativa para superar o impasse atual, que seria priorizar a Pátria Amada como o CENTRO de todo o processo seletivo de escolha pelo eleitor, desprezando os sectarismos de ESQUERDA ou DIREITA que nada constroem em benefício do bem-estar da sociedade ou da PÁTRIA, mas simbolizam o apanágio daqueles que querem o exercício do poder ainda que pela força, mesmo que para isso, às vezes, possam ultrapassar as raias das lutas fratricidas e, sinceramente, tomara que isso não venha a acontecer por aqui.
Esse contexto em que me coloco, certamente que não passa de um sonho sonhado! Estamos convivendo com um momento político conturbado, em que a falta de segurança urbana e a tentativa de disseminar a anarquia no campo com a invasão criminosa de propriedades produtivas – caso de Correntina, no oeste baiano -, podem oferecer a substância desejada por alguns para alimentar as suas teses e discursos, tanto voltados para o populismo inconsequente, como para a imposição da ordem a qualquer preço. Como resultado, assiste-se a um verdadeiro leilão tentando vender à população os nomes improvisados de novos líderes “Salvadores da Pátria”, como se fosse possível a construção da imagem de um Estadista num passe de mágica. E esse desespero põe em risco a própria democracia brasileira.
Parece folclórico, para não dizer quase hilário, que um país com uma crise institucional sem precedentes em sua história, de repente tenha disponível uma safra de 13 possíveis candidatos à Presidência da República! Vixe... 13?!
Apenas para sugerir ao leitor que comece a sua reflexão avaliativa sobre o perfil de cada qual deles, vou lembrar os nomes ora na mídia, sem qualquer ordem de preferência: Cristóvão Buarque, Álvaro Dias, Marina, Ciro Gomes, Lula, Bolsonaro, Doria, Alckmin, Eduardo Jorge, Meireles, Luciano Huck, Joaquim Barbosa, Rodrigo Maia, etc. Alguns são clientes de uma certa “Operação Lava Jato”, outros não tem qualquer cacife para tal cargo, outros mais não passam de balão de ensaio para testar as reações da sociedade, ou até mesmo negociar espaços nas chapas mais palatáveis, eleitoralmente falando.
Mesmo diante da complexidade que envolve o processo de escolha de um candidato à Presidência da República, dificuldade que respeito e reconheço, o eleitor precisa restringir o seu universo de análise aos valores morais, caráter ilibado e capacidade de governar pensando no BRASIL e nos brasileiros, e nunca no seu apego ideológico-partidário.
Assim, se o Congresso Nacional não promoveu as reformas políticas imprescindíveis, cabe ao eleitor fazer a sua própria leitura do cenário pretendido para um novo BRASIL, expurgando os integrantes da Esquerda e da Direita, em busca de nomes independentes e não comprometidos com a esbórnia que vem se sucedendo no poder há anos. Vale sonhar!
A ideia dessa crônica é claramente lembrar que já estamos no caminho das Eleições 2018, e uma eleição é coisa muito séria. Então, precisamos sonhar com os olhos bem abertos para o que mais importa, ou seja, um futuro melhor para todos nós. Afinal, merecemos!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Teresina-PI).
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