O radialista Geraldo José, editor deste blog, registrou o quadro desolador, agonizante do Rio São Francisco, especialmente em municípios ribeirinhos da região do Vale do São Francisco. Trata-se de uma das piores estiagens registradas, e o Vale do São Francisco onde fica situado o maior lago artificial do Brasil, o reservatório de Sobradinho, no norte baiano, reúne, como em toda bacia hidrográfica, cenários de desolação com a crescente redução no volume de água.
Na oportunidade Geraldo José, durante o final de semana registrou o surgimento de inúmeras pedras no leito do “Velho Chico” algo inédito para quem reside na região nos últimos 40 anos. "Que novas chuvas possam promover o alento deste que é o rio da Integração Nacional", escreveu o jornalista, em quase prece.
Já o colunista Levi Vasconcelos, do jornal A Tarde, também destacou a necessidade de se chover forte em Minas e no sudoeste baiano, por que a Barragem de Sobradinho ainda dá baixíssimos sinais de recuperação, ainda com 4% da sua capacidade de 34 bilhões de metros cúbicos de água.
As sucessivas agressões ao rio formaram bancos de areia, os chamados deltas artificiais, que também formam lagoas enormes. "De Carinhanha a Sobradinho tem mais de 30. A água se espalha, o que facilita a evaporação. É mais um complicador na vida do Velho Chico, que morre a olho nu", acusa Levi.
De acordo com Levi, os senadores nordestinos estão se unindo para implantar o PAC da Bacia do São Francisco. Os únicos estados do Nordeste que não usufruem diretamente do São Francisco são Piauí e Maranhão. E os demais sabem que sem o rio não há progresso possível.
Sobradinho está hoje com uma vazão de 550 metros cúbicos por segundo, menos da metade dos 1.300 normais, e a pior marca nos 37 anos de existência da barragem. Vai ficar nesse patamar até abril, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
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