O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) recebeu a decisão judicial que impede nota zero na redação do Exame Nacional do Ensindo Médio (Enem) para quem desrespeitar os direitos humanos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 2, pelo Ministério da Educação (MEC), que pretende recorrer.
Mesmo impedido de anular a prova, o MEC ressalta que uma das competências da redação prevê que o candidato deve apresentar uma solução, que não desrespeite os direitos humanos, para o problema apresentado. Portanto, mesmo que não tenha a nota zerada, o aluno será prejudicado. Cada item da redação vale 200 pontos, de um total de 1000.
A redação ainda pode ser zerada automaticamente para quem incluir trechos desconectados no texto ou impropérios.
Em 2016, 4.798 redações de 5.881.213 corrigidas foram anuladas por apresentar ideias contrárias aos direitos humanos. A decisão judicial foi uma resposta ao pedido feito pela Associação Escola Sem Partido, que argumentou que a atitude do MEC punia a expressão de opinião. “Ninguém é obrigado a dizer o que não pensa para poder ter acesso às universidades”, argumenta. A prova do Enem será aplicada neste domingo, 5.
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