MÃE QUE PERDEU FILHO AFOGADO NA “PRAINHA” EM JUAZEIRO FAZ APELO DRAMÁTICO ÀS AUTORIDADES MUNICIPAIS

01 de Nov / 2017 às 08h37 | Variadas

Mesmo ainda sob forte sentimento de perda Dona Maria das Dores de Sena, mãe do jovem Edirlan de Sena, 17 anos, que faleceu no último sábado, dia 28, na Prainha, próximo a Agência Fluvial de Juazeiro, procurou a nossa reportagem para fazer um apelo dramático às autoridades municipais.

Eu estou aqui porque eu gostaria que fizessem alguma coisa naquele rio para que não aconteça com outros filhos o que aconteceu com o meu. Não existe lugar melhor para tomar banho do que o Rio São Francisco, mas tem que avisar os lugares de risco. Porque ele não sabia que ali era área de risco, como é que vai adivinhar se a pessoa já chega com um calor desse e quer tomar banho. Só eu e Deus sabemos que eu estou passando, mas não quero que ocorra com outras pessoas. Outras pessoas já passaram por isso e ninguém faz nada” pediu Maria das Dores.

Num outro momento do diálogo com a nossa reportagem Dona Maria das Dores denuncia que as placas colocadas recentemente, foram retiradas pela prefeitura. “O que o Corpo de Bombeiros nos disse é que as placas colocadas pela Marinha foram retiradas pela prefeitura. Porque a prefeitura tirou? Tem que investigar isso né, porque não dá para a pessoa ficar à mercê de uma situação dessa. Não tem um salva-vidas e o rio é a única opção de lazer da maioria das famílias”.

INDIGNAÇÃO

Eu estou indignada porque se tivesse uma equipe de salva-vidas, de busca etc, talvez o meu filho estivesse com a gente aqui hoje. Outra coisa é com a relação a equipe de resgate que parou os serviços por volta das 17 horas do sábado porque não tinha mais combustível e o corpo só foi localizado no domingo porque os trabalhos foram reiniciados por volta de 08 horas depois de muita pressão da família. Isso é um absurdo” lamentou.

Perder um adolescente de 17 anos que tinha sonhos, projetos e hoje ficou só a saudade. Não pode minha gente, eu não estou dormindo, não estou me alimentando e não posso viver imaginando que isso pode acontecer com outras pessoas. Algo tem que ser feito” encerrou implorando Maria das Dores.

Da redação

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