ESPAÇO DO LEITOR: AUGUSTO BISPO DE MORAES – GUGU

30 de Oct / 2017 às 23h00 | Espaço do Leitor

De repente me peguei a meditar:

- Será que é sempre necessário que uma pessoa morra ou viaje para merecer de quem fica algumas linhas?

- Juazeiro, com tantos filhos ilustres, que têm dado toda a sua vida em prol do desenvolvimento de determinadas áreas da nossa cidade, para que elas cresçam, sejam pujantes, apareçam no cenário regional e, quiçá, até no nacional, esses filhos será que não são dignos de algumas, ainda que mal traçadas linhas, como diz o poeta Erasmo Carlos na sua canção “A Carta”, quando ainda vivos?

Ao morrerem, ocorre um verdadeiro frenesi de escritores, inclusive este escriba, a homenageá-los, quando deveriam tê-lo feito em vida, o que seria, no mínimo, muito mais humano.

Sustentar uma luta ou uma opinião em Juazeiro é muito difícil. Mantê-la por longos anos, é quase que impossível. É coisa prá homem de fibra!  Seja em qualquer campo de ação, notadamente no nosso esporte amador.

Hoje vai-se um, amanhã outro e assim sucessivamente, e nós sempre atrasados nas nossas homenagens.

Ainda existem muitos homens de fibra que fazem por amor muitas coisas em Juazeiro, todos eles merecem ser homenageados com um escrito da nossa parte, sem que seja apenas no dia do seu féretro. Cuidemos disso.

Hoje, homenagearemos a Augusto Bispo de Moraes, intimamente, eu o tratava como Gugu. Cavalheiro, Irmão e amigo, grande desportista, cheio de anedotas quando se referia ao nosso futebol. Homem polido e político, sabia tirar por menos qualquer diferença, era manso e humilde de coração,

Por isso, um homem desses não morre, porque um homem não se pode medir pelo seu físico, mas pelo seu intelecto. Suas ideias continuarão vivas, suas preferências influenciando as massas, sua voz mansa a ser ouvida nos nossos ouvidos nas transmissões da Rádio Juazeiro, nos domingos à tarde.

Gugu será um daqueles que estará fadado a viver eternamente na nosssa memória e nos nossos corações.

Descanse em paz, meu Irmão, lá no Oriente Eterno, para onde subistes.

Por Carlos Augusto Cruz

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