Natural de Salgueiro, a cantora Terezinha do Acordeon é uma das poucas mulheres que segue a trilha deixada por Luiz Gonzaga. Além de tocar sanfona, Terezinha é compositora. A artista se tornou sanfoneira aos 14 anos, mas abandonou a carreira promissora quando se casou, em 1970, mudando-se para o Recife. A trajetória artística foi retomada em 1983, quando lançou o disco “Terezinha do Acordeon – Alegria do Sertão”.
São mais de 50 anos de carreira artística. Carmélia Alves foi a primeira mulher a cantar o baião de Luiz Gonzaga. Eles se conheceram na Rádio Nacional. Ela se entregou à moda da época e foi coroada, pelo próprio Lua, como a Rainha do Baião, apresentando em palcos chiques, onde ele não entrava, arranjos mais sofisticados do ritmo.
Após Carmélia, muitas artistas apaixonaram-se pelo baião. Seguiram o mestre à risca, como Marinês. Fizeram sua própria leitura, como Anastácia e Elba Ramalho. A maioria emprestava a voz para cantar as belezas e lamentos sertajenos. Em Pernambuco, Terezinha do Acordeon conta que foi a primeira mulher a animar festas tocando sanfona de maneira profissional, nos anos de 1980. "Sempre tinha mulher tocando valsa, tango, mas forró não, eu que fui 'enxeridinha' ao entrar nesse universo masculino. Hoje, já tem muitas tocando, eu abri caminho. E a safra está se renovando, tem muitas garotinhas aprendendo, a promessa é boa", falou.
"É uma emoção tocar e cantar. Quem canta o verdadeiro forró, tem que cantar Luiz Gonzaga", diz Terezinha.
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