Os fazendários vão paralisar atividades em todo o Estado nesta quinta (26) e realizam ato público e assembleia, às 9h, em frente ao Prédio-Sede da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), no Centro Administrativo, em Salvador. A categoria está em mobilização permanente e vai discutir indicativo de greve por tempo indeterminado.
Os servidores da Fazenda do Estado estão realizando paralisações regionais desde a primeira semana de outubro, para pressionar a Secretaria da Fazenda a negociar a pauta de reivindicações. O Sindsefaz diz que o documento foi protocolado em fevereiro de 2015 e passados 32 meses, fora o que já é lei, nem um único ponto foi atendido ou negociado pela Sefaz. A entidade acrescenta que as perdas salariais acumuladas desde 2013 se aproximam de 25%.
“O governo quer que trabalhadores que vivem apenas de seu salário suportem uma perda salarial de ¼ dos seus vencimentos, se contentando apenas com a percepção do salário em dia e isso não é possível”, diz Cláudio Meirelles. O Sindicato denuncia que falta vontade política do governo e da Sefaz para abrir negociações efetivas, pois há margem para isso. Segundo o sindicalista, os fazendários bateram as metas máximas de arrecadação no segundo e terceiro trimestres deste ano, mas não têm qualquer reconhecimento por parte do Estado.
O movimento desta quinta (26) faz parte do calendário de mobilização da categoria, que entra em sua quarta semana de protestos. Nos dias 2 e 3 de outubro as paralisações ocorreram nas regiões Sul, Extremo Sul, Sudoeste e Oeste da Bahia. Em 9 e 10 pararam unidades da Sefaz em 13 cidades da região Norte. Dias 17 e 18 parou os postos fiscais da BR-324 e aeroporto, além dos postos nos shoppings Barra, Bela Vista e Salvador, além de Comércio, Camaçari, Lauro de Freitas e da IFMT Metro, na Calçada.
Os fazendários reivindicam de forma imediata a reabertura de negociações, a convocação de concurso público para todos os cargos da Sefaz, mudança na GDF dos técnicos administrativos, aumento do valor do ponto da gratificação do grupo Fisco (Auditores e Agentes de tributos) e da indenização de transporte, congelada há 10 anos.
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