A voz matutina de Geraldo Freire é referência na transmissão radiofônica em Pernambuco. As chances pareciam poucas, ou até nulas, mas, mesmo assim o radialista Geraldo Freire se tornou líder de ibope na capital pernambucana já aos 21 anos. Essa trajetória, digna de filme, foi narrada em livro pelo próprio Freire em conjunto com o escritor e poeta Eugenio Jerônimo.
A história consta no livro “O que eu disse e o que me disseram”. A biografia é sucintamente descrita no subtítulo quando caracterizada de “a improvável vida”. Improvável porque o início era comum até demais: um menino pobre, nascido no interior do Nordeste, órfão de mãe aos cinco, sobrevivia nos subempregos ao lado do pai, ou cuidando de suas irmãs mais novas.
Até que fugiu. Foi para Recife, se refugiar na casa de uma tia, mas não fez corpo mole. Mentiu idade e, aos nove, dizendo ter 14, tirou carteira de trabalho e fez de tudo: menino de recado, balconista de venda, auxiliar de camelô, entre outros.
A sina foi esta até 1968, quando o jovem conseguiu emprego na Rádio Repórter. Desse ponto em diante, é o próprio Geraldo que assume a caneta e conta bastidores de sua história, por vezes polêmica. O co-autor sai em sua defesa: “Geraldo não é uma atirador de palavrões a esmo. Ele desenvolveu uma poética do palavrão”, afirma Eugenio.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.