Sem quórum, não houve sessão na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (16), o que pode atrasar a votação do parecer sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, por obstrução de justiça e organização criminosa, de autori da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na última semana, o relator do caso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), recomendou que a Câmara rejeite as acusações contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
A discussão sobre o texto na CCJ está prevista para esta terça-feira (17), às 10h, mas antes o colegiado precisa aguardar um prazo de duas sessões de plenário, referente a um pedido de vista, que deu mais tempo para os deputados analisarem o relatório. Até o momento, apenas uma sessão foi realizada. "Se não tiver contado o prazo, não tem como fazer reunião amanhã. (...) Eu posso até abrir [a reunião], mas não posso deliberar sobre essa SIP [Solicitação para Instauração de Processo]. Aí, eu faço a reunião normal da CCJ”, afirmou o presidente da comissão, Rodrigo Pacheco.
Com isso, ele acredita que a votação pode ficar para a semana que vem. No entanto, uma sessão extraordinária foi convocada para as 9h desta terça, antes do horário abertura da CCJ. São necessários pelo menos 51 deputados em plenário, até as 9h30, para que a discussão seja iniciada. Para que conte como prazo, a sessão deve ainda ser encerrada, e não apenas suspensa, como costuma ocorrer.
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