O futuro do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e mais três dissidentes do PSB será selado em reunião do Diretório Nacional da agremiação, nesta segunda-feira (16), às 19h, em Brasília.
Alvos de processo disciplinar no Conselho de Ética, desde maio deste ano, as lideranças negociam seus passes há meses com PMDB e DEM, mas se recusam a deixar as hostes socialistas antes do prazo final para desfiliação em março do ano que vem, por receio de perder o mandato por infidelidade partidária. O processo disciplinar contra os parlamentares foi aberto por provocação dos movimentos sociais da legenda, com base no voto dos legisladores em desacordo com a posição partidária na reforma trabalhista.
Além de decidir o destino do auxiliar ministerial, os socialistas vão deliberar sobre os processos disciplinares dos deputados federais Danilo Forte (CE), Fábio Garcia (MT) e da líder da sigla na Câmara Federal, Tereza Cristina (MS).
Já a situação do ministro Fernando Filho é um caso a parte, agravado pelas circunstâncias das eleições de 2018. Pai do auxiliar ministerial, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) deixou o PSB, no mês passado, para abrir uma nova frente de oposição ao Governo Paulo Câmara. O movimento ampliou o incômodo interno do PSB com os dissidentes e reforçou a necessidade de reação do comando partidário.
Antes, o chefe do Executivo estadual e seus aliados trabalhavam para manter os Coelhos no PSB, em um esforço para evitar atropelos ao seu projeto de reeleição.
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