As redes sociais como fruto da avançada modernidade tecnológica, vêm ocupando nos últimos tempos as atenções gerais das pessoas, seja para a comunicação informal, o humor divertido de piadas próprias e impróprias, a maior aproximação entre pessoas e grupos, ou mesmo como eficiente instrumento de propagação de verdades e mentiras de toda natureza. Obviamente, os políticos e seus marqueteiros não iriam desprezar um canal tão eficaz como esse para a propagação de suas ideias legítimas ou ilegítimas, mas que atingem o alvo pretendido, visto que o compartilhamento se multiplica com uma incrível velocidade. E tudo isso do jeito que eles mais gostam: 0800!
Ao longo da última semana, o WhatsApp ou Zap-Zap, como se popularizou, foi infestado por mensagens gravadas em vídeo, em que o General Mourão, do Exército Brasileiro, fez duras manifestações de repúdio ao cenário atual de bandidagem, corrupção e bandalheira que domina o país e que suscitaria a possibilidade até de intervenção militar se a limpeza geral não for providenciada por quem de direito dos Poderes Institucionais vigentes. Verdade seja dita, todos vulneráveis.
É de se lamentar que isto esteja acontecendo, uma vez que tanto se protestou e reivindicou a volta da Democracia ao nosso Sistema Político, depois de 21 anos de domínio militar (1964/1985), e a grande maioria daqueles que foram os alvos das ações repressivas naquele período, por questões políticas e ideológicas, assumiu o poder da República durante tantos anos e não foi competente para administrar o estado de liberdade reconquistado, abusando de forma exacerbada e irresponsável do direito de praticar a democracia no país. Aliás, eles souberam sim usar como nenhum país do mundo o principal componente do sistema democrático que é a LIBERDADE. Mas, a liberdade para praticar o crime, para manipular os cofres públicos ao bel prazer, usar a Nação para enriquecimento próprio da quadrilha organizada e seus familiares, jogar na lama as grandes estatais brasileiras, distribuir fortunas pelos bancos dos paraísos fiscais e arremessar na sarjeta da indecência os valores morais que deveriam passar ao seu povo! Tudo ao contrário daquilo apregoado, enquanto estavam na Estação esperando o bonde da desfaçatez passar.
Naquele tempo em que houve a intervenção militar ou golpe (1964), preocupava à população, e isso reverberou nos bastidores militares, a ameaça de penetração no país do regime comunista, cuja ideia amedrontava como se fosse o “bicho papão”, mas que veio a fracassar em quase todas as partes do mundo. A volta da democracia em 1985 beneficiou o retorno à vida pública daqueles que foram expulsos pela força militar, mas o exílio, ao invés de consolidar reflexões benéficas para promover o engrandecimento do Brasil, parece ter amadurecido estratégias e projetos de Poder voltados para a prática insana e covarde de maldades contra o país.
Apesar das declarações pouco acolhedoras do General Mourão e de outros militares que já lhe manifestaram solidariedade, o Brasil da atualidade tem demonstrado que ainda há homens de caráter ilibado e que estão aceitando o desafio de enfrentar essa corja de bandidos do colarinho branco, através da aplicação das leis civis e penais que eles próprios criaram, mas que não acreditavam que alguém um dia tivesse a dignidade de usá-las para condená-los. Daí é que tiveram a preocupação de criar, paralelamente, o famigerado FORO PRIVILEGIADO, um instrumento de autodefesa! Mas, é bom não esquecer que estamos convivendo com uma nova realidade, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 4ª. Região-TRF-4, tem aumentado as penas aplicadas a alguns condenados pelo Juiz Sérgio Moro! Isso prova que o Moro não está sozinho!
Diante dessa verdade indiscutível, é que reafirmo a convicção de que não há qualquer necessidade de as Forças Militares abdicarem de sua importante missão institucional de defender a Nação, interna e externamente, para se preocuparem novamente com a ocupação do espaço político nacional. Urge que haja, sim, o grito da sociedade cada vez mais alto em defesa da ação dos Juízes, Procuradores e Polícia Federal, objetivando o recolhimento à prisão de TODOS esses marginais da vida pública e que, através de eleições livres, o país prossiga na sua caminhada em busca do resgate de um novo tempo.
Seria recomendável que o presidente do Congresso Nacional, Senador Eunício Oliveira, convocasse os Deputados e Senadores para uma sessão especial de “descarrego” do peso de todas as criminalidades que a maioria deles tem praticado contra a Nação, passando-lhes um conselho ético em forma de alerta, de que estão BRINCANDO COM FOGO! Melhor dizendo: com o VOTO DO POVO!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).
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