Belas paisagens ribeirinhas captadas pela atenta sensibilidade do fotógrafo Samuel Morais como um apelo à salvação do rio São Francisco prometem fascinar os visitantes na exposição ‘Além do Velho Chico’, que teve início nesta segunda-feira (2) no Saguão Josaphat Marinho, da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador.
Essa é a segunda exposição de Samuel Morais (45), que tem formação em Administração de Empresas, mas atua há 20 anos na área de comunicação e marketing. “Jualinense”, como ele autodenomina sua naturalidade, com raízes nas cidades de Juazeiro e Petrolina, o artista apresentou em sua primeira exposição o poder de recuperação da vida na caatinga, com suas variações visuais da estiagem ao verde, aliada a suas cores, demonstrando a grande resiliência presente no bioma. ‘ResilienteCaantinga” foi realizada no Juá Garden Shopping, em Juazeiro, no ano passado e recebeu moção de aplausos das Assembleias Legislativas da Bahia e de Pernambuco (Alba e Alepe).
Já em ‘Além do Velho Chico’ Samuel apresenta as belezas que margeiam e compõem os vários cenários do São Francisco. O público terá a oportunidade de conhecer e se encantar com a famosa Ilha do Fogo, incrustada entre as duas maiores cidades do seu leito, Petrolina e Juazeiro; com as ruínas da cidade de Remanso, que foram cobertas pelo lago após a construção da barragem de Sobradinho e que agora com a baixa vazão reapareceram. Tem ainda o lado místico dos ribeirinhos e a luz que o sertão mistura com suas águas correntes, além de outras importantes e simbólicas paisagens ao longo desse rio tão importante para todo o Brasil.
“Crescer em contato com o São Francisco fez surgir um olhar diferenciado, repleto de sentimento pelo Velho Chico. Meu principal desejo com essa exposição é endossar o alerta para a grave situação pela qual passa o rio, exaltando através da fotografia a beleza e vida que há em seus vários cenários”, explicou o artista.
O convite para a primeira apresentação de Samuel Morais na capital baiana partiu do deputado estadual Crisóstomo Lima (Zó), que ficou encantado com o seu trabalho após prestigiar a exposição ‘ResilienteCaantiga”. A exposição segue até a sexta-feira (6) com horário de visitação das 9h às 17h.
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