O ensino superior público federal já absorve mais de 50 por cento do orçamento anual do governo federal para educação, mas o custeio do sistema é insustentável, afirmou a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro.
“O grande problema é a folha de pagamento que cresce, enquanto os recursos para custeio diminuem”, disse ela durante o Fórum Nacional do Ensino Superior Particular (FNESP), em São Paulo, semana passada. De acordo com ela, os números de matrículas quase dobraram de 2009 para 2016, para 1,2 milhão de alunos, com a implementação do Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad.
“Com a multiplicação de campi, as folhas de pagamento praticamente triplicaram e o custeio quase quadruplica de 2009 para cá”, afirmou Maria Helena.
A secretária-executiva do MEC ressaltou que o próximo governo, a ser eleito no ano que vem, deverá se deparar com uma situação insustentável. “Deixaremos um relatório com sugestões e esperamos que consigam resolver”, disse ela sem dar detalhes.
Segundo ela, o governo desembolsa quase 53 bilhões de reais com o custeio de universidades, instituições e escolas técnicas federais, fora bolsas e hospitais universitários.
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